'Tentativa de me envenenar não deu certo', diz Lula em evento do Planalto

Lula fez comentário ao abrir discurso no Planalto, em evento sobre rodovias. Na terça, PF prendeu cinco suspeitos de articular golpe de Estado em 2022, incluindo assassinato de autoridades.

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 13:05

Geraldo Alckmin e Lula 
Geraldo Alckmin e Lula  Crédito: Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante um evento público realizado nesta quinta-feira (21), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou as revelações da Polícia Federal sobre um plano arquitetado por militares para dar um golpe de Estado em 2022, e que envolviam assassinar, por tiro ou veneno, a chapa vencedora e o ministro Alexandre de Moraes. Em meio ao discurso, o chefe do executivo federal se pronunciou sobre o ocorrido.

"Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui", disse Lula, sob alguns risos de parte do público.

Em seguida, Lula passou a tratar do tema do evento. Mas voltou a citar o plano de envenenamento descoberto pela Polícia Federal, e disse que não quer "perseguir ninguém". O evento foi organizado para divulgar planos do governo federal para a concessão de rodovias ao setor privado.

"E eu não quero envenenar ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato que a gente desmoralize, com números, aqueles que governaram antes de nós", disse o petista.

Operação Contragolpe

Na última terça-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a operação Contragolpe contra a organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário.

Segundo a PF, entre as ações elaboradas pelo grupo havia um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022" para matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.