Publicado em 21 de novembro de 2024 às 13:05
Durante um evento público realizado nesta quinta-feira (21), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou as revelações da Polícia Federal sobre um plano arquitetado por militares para dar um golpe de Estado em 2022, e que envolviam assassinar, por tiro ou veneno, a chapa vencedora e o ministro Alexandre de Moraes. Em meio ao discurso, o chefe do executivo federal se pronunciou sobre o ocorrido.
"Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui", disse Lula, sob alguns risos de parte do público.
Em seguida, Lula passou a tratar do tema do evento. Mas voltou a citar o plano de envenenamento descoberto pela Polícia Federal, e disse que não quer "perseguir ninguém". O evento foi organizado para divulgar planos do governo federal para a concessão de rodovias ao setor privado.
"E eu não quero envenenar ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato que a gente desmoralize, com números, aqueles que governaram antes de nós", disse o petista.
Operação Contragolpe
Na última terça-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a operação Contragolpe contra a organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário.
Segundo a PF, entre as ações elaboradas pelo grupo havia um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022" para matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.