Publicado em 6 de agosto de 2024 às 17:03
- Atualizado há 5 meses
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese) divulgou um estudo nesta terça-feira, 6 de agosto, apontando que a cesta básica paraense apresentou queda após seis meses consecutivos de alta. Porém, mesmo com a redução, a cesta ainda continua cara, com aumentos acumulados acima da inflação em comparação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o Dieese, no mês de julho deste ano, o valor total da cesta básica de alimentos dos paraenses, comercializada em Belém, foi de R$ 682,39, apresentando recuo de 1,90% em relação ao mês de junho, quando o valor foi de R$ 695,58.
A pesquisa também aponta que o custo da cesta básica para uma família padrão, composta por dois adultos e duas crianças, é ainda mais oneroso. Segundo o estudo, essa família precisa de 1,44 salários mínimos, o que significa que é necessário ganhar quase um salário e meio para cobrir apenas o custo dos alimentos básicos. Para comprar os 12 itens da cesta básica no mês de julho, o trabalhador paraense comprometeu 52,25% do salário mínimo atual e teve que trabalhar 106 horas e 19 minutos das 220 horas previstas em lei.
O estudo menciona que, dos 12 produtos básicos que compõem a cesta paraense, mais da metade apresentou recuo de preços. Os destaques foram: leite, com queda de 11,12%; feijão, com queda de 5,18%; óleo de soja, com queda de 4,54%; açúcar, com queda de 3,97%; manteiga, com queda de 3,63%; arroz, com queda de 2,61%; farinha de mandioca, com queda de 1,88%; e carne bovina, com queda de 1,79%.
Quadro demonstrativo do custo total e da variação dos produtos da Cesta Básica de Alimentos comercializada em Belém Capital no mês de julho, no ano de 2024 e em 12 meses
Quadro demonstrativo do custo total e da variação dos produtos da Cesta Básica de Alimentos comercializada em Belém Capital no mês de julho, no ano de 2024 e em 12 meses
Mesmo com a queda registrada no mês passado, no balanço realizado pelo Dieese/PA para todo o ano de 2024, o custo da cesta básica dos paraenses ainda continua alto, acumulando uma alta de quase 6,00%, praticamente o dobro da inflação estimada em torno de 3,00% para o mesmo período.
No balanço acumulado deste ano, segundo as pesquisas do Dieese/PA, a maioria dos alimentos básicos, que compõem a cesta básica dos paraenses ficou mais cara, em muitos casos com reajustes que superam a inflação estimada para o período, como é o caso do café, com alta acumulada de 22,73%, seguido do arroz com alta de 20,91%, banana com alta de 14,69%, tomate com alta de 14,16%, leite com alta de 7,81%, farinha de mandioca com alta de 5,29% e manteiga com alta de 4,88%.
Por outro lado, poucos produtos apresentaram recuos de preços. Os destaques foram: açúcar, com queda de 4,88%, feijão, com queda de 4,04%, e óleo de soja, com queda de 2,89%.
Por: Jorge Mateus Palheta — Estagiário
Sob-supervisão: Thais Portela — Editora Chefa