Hanseníase: no Pará, campanha enfatiza prevenção, tratamento e combate ao preconceito

A campanha destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para vencer a doença e a discriminação.

O Estado fortalece a campanha nacional Janeiro Roxo, voltada à conscientização, prevenção e combate à hanseníase. Sob a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a campanha visa mostrar à população a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença, ainda cercada de preconceito e desinformação.

Com o tema “Hanseníase tem cura”, neste ano o "Janeiro Roxo" inclui serviços com dermatologistas, fisioterapeutas especializados em avaliação neurológica simplificada, palestras sobre estigma e preconceito com a hanseníase, vacinação e atividades culturais. A programação será realizada das 8h às 12h, nos dias 18 (sábado), na Usina da Paz da Terra Firme; dia 25 (sábado), na Usina da Paz da Cabanagem, e no dia 26 (domingo), na Usina da Paz do Guamá.

“O objetivo maior da campanha é detectar novos casos precocemente e informar à população os principais sinais e sintomas da doença, assim como trabalhar as questões relacionadas ao estigma e ao preconceito causados pela hanseníase. Em 2024, o Pará registrou 1.354 casos de hanseníase, sendo 82 casos em menores de 15 anos. Se formos avaliar a série histórica dos últimos 10 anos, a doença segue em declínio no Estado”, informou Luís Augusto Costa de Oliveira, coordenador do Programa de Controle de Hanseníase da Sespa.

Prevenção e diagnóstico - A hanseníase é transmitida por meio de contato prolongado com pessoas infectadas, que não estejam em tratamento. Os principais sintomas incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com perda de sensibilidade, dormência em extremidades e formigamentos.

Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame físico geral dermatológico e neurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas, motoras ou autonômicas. Em crianças, o diagnóstico necessita de avaliação mais criteriosa. A Sespa reforça que, ao identificar esses sinais, é fundamental procurar uma unidade de saúde para avaliação.

Parceria com municípios - A campanha conta com o apoio dos municípios para ampliar o alcance das ações. “Durante todo o ano atuamos para combater à doença, e não somente agora, em janeiro. Antes do início da campanha foi realizado um ciclo de capacitações sobre a doença em todas as Regionais de Saúde e nos 144 municípios.

Após as capacitações, os municípios são incentivados a executar sua própria campanha, 'porque eles são executores e lidam diretamente com a população”, acrescentou Luís Augusto Costa de Oliveira.

Programação

Ação Social

18/01 - Usina da Paz – Terra Firme

25/01 - Usina da Paz – Cabanagem

26/01 – Usina da Paz - Guamá

Serviços oferecidos: Exames dermatoneurológicos, vacinação, palestras, atividades culturais e outros, das 8h às 12h.

30/01- Região de Integração Guajará – Escolas Técnicas de Saúde do Sistema Único de Saúde (ETSUS) - Palestra “Hanseníase: Estigmas e Preconceitos” - das 8h às 12h

31/01 - Mesa-redonda para profissionais da Atenção Primária - Escola de Governança do Pará (EGPA) - das 8h às 12h