Justiça manda soltar PM acusado de matar torcedor do Remo após Re-PA no Mangueirão, em Belém

Um grande tumulto se formou no estacionamento do Mangueirão, em abril, iniciado por uma briga entre torcidas organizadas do Clube do Remo. Nesse momento, disparos de arma de fogo foram feitos, atingindo um torcedor que morreu no local. 

Publicado em 26 de julho de 2024 às 14:46

O policial foi preso por atirar e matar um torcedor do remo em abril deste ano 
O policial foi preso por atirar e matar um torcedor do remo em abril deste ano  Crédito: Bruno Cecim/Agência Pará

O policial militar da reserva Cristóvão Augusto Alcântara Evangelista, acusado de matar Paulo Alexandre Silva Dias, de 30 anos, foi solto na quinta-feira, 25, após decisão do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Cristóvão teria sido o responsável pela morte do torcedor Remo após disparar um tiro de arma de fogo no pescoço de Paulo. O crime aconteceu no dia 7 de abril deste ano, no Mangueirão, após um jogo entre Remo e Paysandu.

A informação foi dada por Marcelo Amaral, advogado criminalista que defende o PM da reserva. Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, o advogado explica que a soltura autorizada pelo juiz de direito Cláudio Hernandes Silva Lima, da 3ª Vara do Tribunal do Júri, foi por haver “incompatibilidades”, a exemplo dos laudos de comparação microbalístico e também de local de crime.

O juiz entendeu que não há “motivos contemporâneos para a manutenção da medida constritiva, vez que o que se depreende é que a prisão teve como fundamento a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal.”

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), ordenou a revogação da prisão preventiva pela substituição de medidas cautelares. Entre medidas impostas estão: proibição de manter contato com testemunhas do processo e familiares da vítima; comparecimento trimestral na secretaria da 3ª Vara do Tribunal do Júri; apreensão dos armamentos em posse do réu e suspensão do uso de armas de fogo. Se Cristóvão voltará desobedecer às medidas, voltará para prisão.