Mudança de lagos provocou mortes de peixes na praça Batista Campos, em Belém

Durante esse tipo de procedimento é comum que alguns peixes não resistam ao estresse causado pelo manejo e transporte, segundo especialistas

Na manhã desta terça-feira (21), a Secretaria de Meio Ambiente e Clima da Prefeitura de Belém, informou que a manutenção do lago na praça da República, e transferência dos peixes para o tanque da praça Batista Campos, pode ter ocasionado a morte dos animais, encontrados boiando no lago da praça Batista Campos.

A prefeitura de Belém informou que na operação foram removidos entre 400 e 500 exemplares de tilápias, de variados tamanhos, incluindo adultos, jovens e juvenis. Durante esse tipo de procedimento, segundo a nota oficial, é comum que alguns peixes não resistam ao estresse causado pelo manejo e transporte, especialmente os juvenis, que são mais sensíveis a alterações de temperatura, oxigenação e ao esforço intenso durante a captura, o que pode reduzir sua energia vital.

“Entre os peixes manejados, estima-se que menos de 1% não sobreviveu ao processo, todos eles juvenis. Esse índice é considerado aceitável para ações dessa natureza. Após a conclusão da manutenção do lago da Praça da República, os peixes serão devidamente devolvidos ao seu habitat”, completa a prefeitura.

A redação do Roma News conversou com o biólogo Rodolfo Salm, PhD em Ciências Ambientais pela Universidade de East Anglia e professor de Ecologia na Faculdade de Biologia na Universidade Federal de Pará, em Altamira, que confirmou que esse tipo de operação pode de fato impactar na sobrevivência do animal.

“Na necessidade de remanejamento dos peixes, ao invés de serem soltos em outro lago já populado de peixes da cidade, o ideal seria que eles fossem guardados em caixas d’água ou ambientes parecidos”, explica Rodolfo.