Farinha de mandioca é destaque no desenvolvimento da economia paraense

As políticas de implementação de agroindústrias artesanais avançam no Pará e geram emprego e renda em diversas regiões do estado.

O processo de produção de um produto da agroindústria, desde a extração da matéria-prima até a distribuição ao consumidor, que compõe a chamada cadeia produtiva, é foco de investimentos do Governo do Estado para alavancar o desenvolvimento econômico paraense.

Por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), o poder executivo estadual promove uma política de incentivo à agroindústria artesanal, gerando emprego e renda em várias regiões do estado. Pioneira no país, a Adepará oferece registro oficial para produtos artesanais de origem vegetal, valorizando a produção local e garantindo qualidade e segurança aos consumidores.

Além de regulamentar a atividade e atestar a qualidade do produto, o registro também habilita estabelecimentos que processam polpas de frutas e derivados da mandioca a comercializar seus produtos em todo o território paraense, e também que forneçam alimentos para a merenda escolar por meio de parcerias com as prefeituras locais. Existem, atualmente, no Pará, 225 estabelecimentos autorizados a processar polpas de frutas registradas no Serviço Estadual de Inspeção Vegetal, que seguem as normas sanitárias de higiene e passam por inspeção regular dos fiscais da Adepará.

"Esse é um trabalho extremamente importante executado pela Adepará. Isso demonstra que a indústria atende os padrões de qualidade e todas as exigências previstas na legislação e, com isso, a Agência emite o certificado garantindo que essa indústria possui todas as condições para que esse produto seja colocado na mesa do consumidor, ressaltando que é um produto feito em uma agroindústria que segue padrões higiênico-sanitários e que esse produto é isento de qualquer tipo de doença" ressalta o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo.

O produtor rural Almir Araújo, que tem uma fábrica de farinha regional, próximo a agrovila de Castelo Branco, zona rural de Castanhal, com mais de 40 funcionários, pontua a importância da certificação da agroindústria com o selo de produto artesanal.

“A Adepará nos acompanha e quando começamos a ir para os supermercados precisava tá com tudo no padrão necessário, então, o selo da agroindústria foi muito bom para nós, porque atesta a qualidade do nosso produto artesanal. Antes disso, a gente trabalhava muito para fazer 20 sacas de farinha por dia e hoje a gente produz mais de 100 sacas por dia. Estamos muito satisfeitos com o avanço do nosso trabalho”, celebra.

A gerente de Inspeção Vegetal da Adepará, Joselena Tavares, destaca o fortalecimento entre o produtor e as ações que o Estado realiza. "O Selo de inspeção fortalece a economia do Estado, valorizando a produção proveniente da agricultura familiar, gerando emprego e renda para o pequeno produtor ao inserir o produto regional em novos mercados”, assegura. Segundo dados da Adepará existem 130 estabelecimentos cadastrados no Serviço de Inspeção Estadual.

Mandioca – Atualmente, 190 estabelecimentos da cadeia produtiva da mandioca possuem registro na Adepará e estão habilitados a ofertar produtos seguros e de qualidade ao consumidor.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), que também contribui com o fortalecimento dessa cadeia produtiva, desde 2021, é parceira da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e do Instituto Federal do Pará (IFPA) no fomento ao Programa “Maniva Tapajós”, que realiza pesquisa, ações e acompanhamento para melhorar o manejo da mandioca no oeste paraense. O Programa tem 10 anos de existência, e atualmente beneficia cerca de 300 produtores em cinco municípios da Região de Integração Baixo Amazonas: Santarém, Belterra, Mojuí dos Campos, Óbidos e Juruti.