Petróleo fecha em alta, com promessas de incentivo pela China e incerteza no Oriente Médio

Reviravoltas no Oriente Médio e a sinalização do mercado chines em impulsionar o consumo ajudaram no fechamento em alta

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Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 18:00

Petróleo fecha em alta, após redução de estoques nos EUA acima das expectativas
Petróleo fecha em alta, após redução de estoques nos EUA acima das expectativas

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 9, em meio a novas reviravoltas no Oriente Médio, com a queda do governo sírio, e após a China sinalizar fortes intenções de impulsionar o consumo, melhorar a eficiência dos investimentos e expandir a demanda dentro do país.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,74% (US$ 1,17), a US$ 68,37 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,43% (US$ 1,02), a US$ 72,14 o barril.

O principal órgão político chinês, o Politburo, afirmou que adotará uma política monetária fiscal "mais proativa" e uma postura monetária "moderadamente frouxa" para 2025. A promessa elevou o sentimento em todo o complexo de commodities, apesar das preocupações persistentes sobre as perspectivas de demanda do principal importador de petróleo bruto.

Enquanto isso, analistas da ANZ Research dizem que o colapso do regime de Bashar Al-Assad, na Síria, pode levar a novas mudanças no equilíbrio de poder no Oriente Médio, acrescentando uma camada de incerteza e dando suporte aos preços.

Ainda assim, os ganhos são limitados por preocupações persistentes sobre a demanda global e um excesso iminente - apesar da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de estender uma série de cortes de produção, acrescentam eles.

Para a Rystad Energy, os eventos ocorridos na Síria podem impactar o mercado de petróleo e aumentar o prêmio de risco geopolítico sobre os preços nas próximas semanas e meses, em meio a mais instabilidade na região do Oriente Médio. "O país não é um grande produtor, mas tem grande influência geopolítica devido à sua localização e aos laços com a Rússia e o Irã", diz a análise.

*Com informações das Dow Jones Newswires