Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 10:50
O filme A Fúria, que mostra a morte de um presidente brasileiro que faz motociatas pelo país, usa o lema “Deus, pátria e família” e usa a expressão “tá ok” muitas vezes, foi lançado na última sexta-feira, 6, no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em Brasília.
Apesar de ser totalmente inspirado no ex-presidente Jair Bolsonaro, o cineasta Ruy Guerra, 93 anos, disse à Folha de S.Paulo que o personagem principal não é o líder da direita brasileira.
"Não nos interessa o Bolsonaro, nos interessam os fascistas", declarou ele.
Na sinopse do filme, lemos que trata-se de uma história na qual um homem morto pela ditadura militar ressurge para fazer justiça. O personagem que interpreta o presidente tem poucas falas, enquanto parte da história mostra mais um general, o presidente da Câmara dos Deputados, um pastor, um empresário e um ministro do Supremo.
"Pegamos essa história, que é mais atual, porque a gente está fazendo um filme para 2024, mas, na verdade, os conceitos já estão aí há muito tempo representando o fascismo" explicou Luciana Mazzotti, que também assina a direção do longa.