Natura Musical Apresenta: 'Maniçoba', novo single de AQNO com Gang do Eletro

Inspirado em prato típico de origem indígena, AQNO fala sobre misturas musicais em seu novo lançamento.

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 09:03

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Foto reprodução Crédito: Redes sociais 

A música "Maniçoba", novo single do cantor, compositor e produtor musical AQNO em parceria inédita com a banda Gang do Eletro já está disponível para o público curtir e dançar em todas as plataformas digitais, nesta quinta-feira, 5. A faixa vem acompanhada de um videoclipe. O lançamento ocorreu em paralelo a indicação de ANQO como um dos concorrentes ao Prêmio Multishow na categoria "Brega do Ano".

 “Maniçoba” retrata uma celebração de uma mistura artística, de ritmos, trazendo elementos da arte amazônica com desenhos marajoaras na louça, e celebrando a cultura pop paraense.

“Esse título fala simplesmente da melhor e mais inusitada comida que existe no mundo, na minha opinião, claro. Assim como na receita (que leva vários ingredientes como a folha da maniva moída, que passa por um processo de cozimento de sete dias) o single também fala das misturas musicais inusitadas que fazemos nessa canção: Tecnocumbia, Tecnobrega e Voguebeat, criando uma sonoridade latino-amazônica-psicodélica”, conta AQNO.

Essa receita musical é retratada também na capa do single, ilustrada pelo paraense Heijy Okada. Nela, AQNO e Gang se transformam na maniçoba, como forma de celebração dessa mistura artística, trazendo elementos de arte amazônica ancestral como o grafismo marajoara junto de referências contemporâneas. É uma exaltação total à cultura paraense e à sua preservação: da música, culinária e artes visuais.

O lançamento tem como fio condutor a experimentação e a mistura de gêneros e culturas. Nessa “panela musical”, foram misturados tecnocumbia, tecnomelody, guitarras de reggaeton e, para finalizar, a construção de um voguebeat com os timbres usados na tecnocumbia e no tecnobrega. “Maniçoba” é a mistura dos ingredientes de várias prateleiras: é música pop feita na Amazônia, onde latinidade, ancestralidade e movimentos urbanos modernos como a Cultura Ballroom, convivem harmoniosamente. O responsável por tudo isso foi o baiano Marcos Cuper, com participação do paraense Waldo Squash da Gang do Eletro.

“A canção nasceu durante um exercício de composição, onde eu estava “requentando” (revisitando) algumas memórias. Eu já queria brincar há algum tempo com a metáfora do preparo da Maniçoba (a folha da Maniva precisa ser cozida por sete dias) e uma relação em que uma pessoa vive enrolando, 'cozinhando' a outra por muito tempo. Quem nunca passou por isso?”

Com participação especial de Gang do Eletro, essa será a primeira vez que, como grupo, eles fazem um feat com outro artista. O grupo é uma referência de música pop feita na Amazônia para AQNO, que já havia trabalhado em outras canções com Will Love (Tô Em Outra Remix feat. Zaynara e Don’t Say Goodbye Remix), um dos integrantes do grupo. Além deles, também é a primeira vez que um artista paraense e uma Casa de Ballroom Paraense fazem um feat. musical e audiovisual. O envolvimento e a troca esteve presente em diversos processos artísticos: música, moda, dança e artes visuais.

“A Casa de Maniva vem num processo muito carinhoso da construção desse projeto. Eu já venho trabalhando com dois integrantes dela, o father Juani Maniva e o father Hian Denys (que hoje é meu diretor de coreografia). Eu e Hian nos demos conta que esse era o momento perfeito pra trazer toda a Casa para o projeto. Isso é muito especial para mim porque fala das nossas vivências como corpos queer fazendo arte na Amazônia e esse projeto com a Natura Musical começa e se perpetua nessa razão: arte pop queer feita na Amazônia por artistas da Amazônia.”

O videoclipe irá ao ar no canal do Youtube de AQNO às 11h, o roteiro passa por uma Amazônia distópica, onde a maniva entra em extinção, devido aos impactos da crise ambiental e um grupo de pessoas tenta preservar suas tradições. A cozinheira Fafá, AQNO, Gang do Eletro e as manivas formam a organização secreta Casa de Maniva e tentam manter viva a tradição do consumo de maniçoba em sua comunidade. Com a escassez da maniva, a maniçoba se tornou algo raro nas mesas populares, mas esse grupo produz e faz entregas especiais clandestinas em sua comunidade.

Com roteiro próprio, AQNO quis trazer esse pano de fundo de uma Amazônia num futuro distópico, onde a maniva está em extinção devido aos impactos da crise ambiental. Com os olhos voltados para a Amazônia, principalmente para Belém do Pará, devido à COP 30, o artista entendeu que era o momento de também falar sobre isso de algum modo nesse projeto.

AQNO, Gang do Eletro e Casa de Maniva celebram toda a potência artística da Amazônia através da música, dança e moda numa ballroom dentro do Mercado do Porto do Sal. A produção de moda nas peças que vestem AQNO e Gang é de Alê Ferreiro que fez um trabalho de upcycling envolvendo jeans e o tururi, uma fibra vegetal extraída da palmeira de Ubuçu, abundante no Marajó, terra natal do artista.

O videoclipe é uma celebração do pop feito no Pará, pensando nessa Amazônia urbana: seu movimento, seu dia a dia e suas manifestações culturais.

“Maniçoba” foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear), ao lado de nomes como Caquiado, Festival Apoena e Rawi. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para mais de 80 projetos até 2022, em diferentes formatos e estágios de carreira, como Dona Onete, Raidol, Nic Dias e os festivais Mana, Lambateria e Psica.

Sobre Natura Musical

Natura Musical é a plataforma cultural da marca Natura que há 18 anos valoriza a música como um veículo de bem estar e conexão. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu mais de R$190 milhões no patrocínio de mais de 600 artistas e projetos em todo o Brasil, promovendo experiências musicais que projetam a pluralidade da nossa cultura. Em parcerias com festivais e com a Casa Natura Musical, fomentamos encontros que transformam o mundo. Quer saber mais? Siga a gente nas redes sociais: @naturamusical.