Publicado em 1 de maio de 2024 às 07:25
Maior ídolo do automobilismo brasileiro e um dos principais pilotos da história da Fórmula 1, Ayrton Senna da Silva nasceu em São Paulo no dia 21 de março de 1960 e morreu em 1º de maio de 1994, em Bolonha, na Itália, aos 34 anos, após colidir tragicamente com a mureta de proteção da curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino.
Tricampeão da F1 (1988, 1990 e 1991), Ayrton foi um dos maiores nomes do esporte no Brasil – em 1999, ele foi eleito 'Esportista do Século XX' do país, acima do Rei Pelé, pela revista Isto É.
Ayrton Senna estreou na Fórmula 1 no dia 25 de março de 1984, no Grande Prêmio do Rio de Janeiro. A primeira prova, contudo, durou só oito voltas – o piloto teve que abandoná-la, com problema no carro. O primeiro ponto conquistado por ele na categoria foi logo no segundo GP que disputou, na África do Sul, após terminar a corrida em sexto lugar.
O primeiro pódio de Senna na F1 veio ainda em 84, no GP de Mônaco. Ficou em segundo lugar, abaixo apenas do francês Alain Prost, da McLaren – que viria a ser companheiro de equipe e maior rival de Ayrton na modalidade, anos depois. Era o início da trajetória especial do brasileiro no circuito do Principado, o mais famoso e disputado da Fórmula 1: lá, ele conquistou seis vitórias, oito pódios e cinco pole positions, e ganhou o apelido de 'Rei de Mônaco'.
A primeira vitória do lendário piloto na Fórmula 1 foi no ano seguinte, após trocar de equipe – saiu da Toleman e foi para a Lotus. Em 21 de abril de 1985, Senna venceu o GP de Portugal, segunda corrida da temporada, com direito a hat-trick – termo usado quando o piloto larga na pole position (foi a primeira dele na F1), tem a melhor volta da prova e conquista a vitória. Ayrton terminaria a temporada em quarto lugar, com 38 pontos e seis pódios (duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares). A revista italiana Autosprint o elegeu como 'o piloto do ano'.
Primeiro título
Após mais duas boas temporadas pela Lotus, Senna assinou com a McLaren em 1988, dando início a uma parceria tricampeã mundial. No ano de estreia pela equipe britânica, o brasileiro venceu o primeiro título de Fórmula 1 da carreira. Foram 13 pole positions, 11 pódios, oito vitórias – ou seja, venceu metade das 16 corridas que disputou – e 90 pontos conquistados. A temporada também marcou o início da histórica rivalidade entre os parceiros de McLaren Ayrton e Alain Prost, que terminou o campeonato em segundo lugar. Os papéis se inverteram no ano seguinte, quando o francês foi campeão e o brasileiro terminou em segundo.
Segundo título
Em 1990, Ayrton voltou a desbancar Prost – o rival havia saído da McLaren para a Ferrari – e se sagrou bicampeão mundial. Ao longo da temporada conquistou 10 pole positions, 11 pódios, seis vitórias e somou 78 pontos.
Terceiro título
No ano seguinte, Senna conquistou o terceiro e último título de Fórmula 1, na melhor temporada da carreira: foram oito pole positions, 12 pódios, sete vitórias e 96 pontos somados, 24 a mais que o segundo colocado, o inglês Nigel Mansell, da Williams.
Morte
A corrida do dia 1º de maio de 1994, há exatos 30 anos, começou com acidente entre os carros dos pilotos JJ Lehto e Pedro Lamy – os destroços do choque atingiram a arquibancada e feriram nove pessoas. Após o reinício, a tragédia maior: na sétima volta do GP, Senna perdeu o controle do carro na traiçoeira curva Tamburello e chocou-se contra o muro em alta velocidade. Poucas horas depois, o piloto brasileiro foi declarado morto aos 34 anos, no Hospital Maggiore de Bolonha. Dentro do automóvel de Ayrton, foi encontrada bandeira da Áustria, que seria levantada por ele caso vencesse a corrida, para homenagear Ratzenberger, que morreu no dia anterior. Ele tinha a tradição de desfilar com a bandeira brasileira erguida sobre o carro depois que vencia uma prova.
A morte do maior ídolo do país na época parou o Brasil, que declarou imediatamente luto oficial de três dias. Ayrton Senna foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 4 e 5 de maio. O caixão do lendário piloto foi visitado por 240 mil pessoas, e o cortejo que foi até o Cemitério do Morumbi, onde ele foi enterrado, reuniu multidão: mais de um milhão de fãs acompanharam o corpo do tricampeão da F1 ao longo do trajeto.