Alepa retoma Sessões Ordinárias com aprovação da obra de Bruno de Menezes

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) retomou as atividades no Plenário Newton Miranda, após o recesso legislativo

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 15:38

Atividade legislativas da Alepa voltaram após recesso.
Atividade legislativas da Alepa voltaram após recesso. Crédito: Foto: Ozéas Santos AID/ALEPA

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) retomou as atividades no Plenário Newton Miranda, após o recesso legislativo. O fim da pausa regimental das sessões e reuniões das comissões dá início ao segundo semestre no Parlamento, que foi marcado pela apreciação e aprovação do Projetos de Lei que reconhece a obra de Bruno de Menezes como Patrimônio Cultural e Artístico de natureza Imaterial do Pará. A proposta nº 746/2023 é de autoria do deputado Iran Lima (MDB).

Bruno de Menezes nasceu em 21 de março de 1893, em Belém (PA). Foi aprendiz de encadernador, passando a ter contato maior com livros, o que colaborou com o gosto pela literatura. Na juventude, formou o grupo "Vândalos do Apocalipse" e, mais tarde, o grupo "Peixe Frito", deste último fazendo parte Dalcídio Jurandir e Jacques Flores, entre outros de sua geração.

Fundou, em 1923, a revista Belém Nova, que abrigou trabalhos tanto dos modernistas como de antigos companheiros. Em 30 de maio de 1944 tornou-se membro da Academia Paraense de Letras, ocupando a cadeira de Natividade Lima, da qual chegou à presidência. Foi patrono da cadeira n° 2 do Instituto Cultural do Cariri, com posse em 1967. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará e à Comissão Paraense de Folclore.

“Bruno de Menezes foi um poeta e folclorista, um anunciador do modernismo em Belém. Sua poesia canta a raça negra, a cidade que o tempo levou, as tradições e o amor”, disse Iran Lima, que completou: “a necessidade de inserir a literatura local paraense no contexto modernista nacional levou Bruno de Menezes a promover vários debates sobre a renovação literária no Pará. Sua inquietação contagiou alguns intelectuais nativos que produziram obras que dialogaram com a corrente modernista brasileira. Nessa esteira, os modernistas paulistas vieram apenas trocar experiências literárias na Amazônia”.

Texto:  Andrea Santos