Publicado em 24 de dezembro de 2024 às 21:30
A Dinamarca divulgou uma expansão nos investimentos em defesa na Groenlândia, em resposta às declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, acerca da compra da ilha.
O conjunto engloba novos dispositivos, tais como drones e navios de inspeção, bem como aprimoramentos na infraestrutura militar. Troels Lund Poulsen, ministro da Defesa da Dinamarca, enfatizou que essa decisão visa reforçar a presença no Ártico, após anos de investimentos insuficientes. Os dados são da BBC.
Trump reiterou, no domingo, 22, seu desejo de que os Estados Unidos assumam o controle da Groenlândia, justificando que isso é uma "urgência absoluta" para a segurança do país. A ilha, estratégica devido à sua localização geográfica e recursos naturais, abriga bases militares dos Estados Unidos e desempenha um papel crucial na ligação entre os EUA e a Europa.
Embora haja especulações, especialistas da Dinamarca sustentam que o plano de defesa não é uma resposta direta a Trump, mas sim uma reação à demanda crescente por uma presença mais forte no Ártico, em face da concorrência de nações como China e Rússia. No entanto, muitos acreditam que as declarações de Trump ajudaram a agilizar as decisões tomadas em Copenhague.
No que diz respeito à compra da Groenlândia, o primeiro-ministro da ilha, Mute Bourup Egede, reiterou que a área "não está e nunca estará à venda". Contudo, Egede enfatizou que a ilha segue disponível para a colaboração comercial, particularmente no campo dos minerais estratégicos.
Trump já havia proposto a aquisição da Groenlândia em 2019, no início do seu primeiro mandato, gerando um clima de tensão com a Dinamarca. Na época, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, rejeitou a proposta, qualificando-a como “absurda”.
Atualmente, a declaração recente de Trump acontece em meio a renovadas metas estratégicas no Ártico e nomeações diplomáticas, como a de Ken Howery, antigo embaixador na Suécia, como novo embaixador dos EUA na Dinamarca.