Vídeo: Bolsonaro recebe Milei com um abraço, em Santa Catarina

Milei está no Brasil para participar da conferência conservadora "Conservative Political Action Conference" (CPAC), um evento que é considerado “a maior conferência de extrema-direita mundial”, que está na sua quinta edição, em Santa Catarina.

Publicado em 7 de julho de 2024 às 11:07

Jair Bolsonaro recebendo Javier Milei com um abraço, em Balneário Camboriú.
Jair Bolsonaro recebendo Javier Milei com um abraço, em Balneário Camboriú. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Na noite do último sábado, 6, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu o presidente da Argentina, Javier Milei, com um abraço, em sua chegada a Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Milei está no Brasil para participar da conferência conservadora "Conservative Political Action Conference" (CPAC), um evento que é considerado “a maior conferência de extrema-direita mundial”, que está na sua quinta edição em Santa Catarina.

A organização do evento só permite a participação de “membros do Instituto Conservador-Liberal”. O CPAC está na sua quinta edição e ocorre neste final de semana no Expocentro, de forma presencial, mas com transmissão virtual disponível na plataforma do evento.

Também estavam presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de outros bolsonaristas. O Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), publicou nas suas redes sociais, uma foto que mostra os líderes da direita assistindo ao final da partida em que o Brasil foi eliminado pelo Uruguai, na Copa América.

Neste domingo, 7, no encerramento da conferência, Milei fará o discurso junto ao ex-presidente Bolsonaro. Outras figuras de destaque no cenário político da direita latino-americana e europeia estarão presentes. Do Chile, estará presente José Antônio Kast, que perdeu a disputa no segundo turno, para o esquerdista Gabriel Boric em 2021, na corrida pela eleição presidencial e pode surgir com força nas próximas eleições do país.

A vinda de Milei para cumprir uma agenda não oficial com políticos de direita, gerou irritação no Governo brasileiro. Há rumores de que Milei teria evitado encontrar o presidente Lula (PT). Além disso, quebrou o protocolo usualmente destinado a autoridades em visita ao Brasil.

O que é o CPAC (Conservative Political Action Conference)?

O CPAC (Conservative Political Action Conference) nasceu nos Estados Unidos no ano de 1974, em meio a um dos momentos históricos mais complexos do país. Após a revelação por parte do jornal The New York Times do que ficou conhecido como “Escândalo de Watergate”, a América enfrentava a iminente possibilidade de ver o presidente Richard Nixon sofrer um impeachment. Nixon, no entanto, renunciou à Presidência em agosto daquele mesmo ano.

O presidente republicano ficou conhecido por suas ações antidemocráticas, uma vez que utilizava de meios ilegais, como a espionagem, para combater seus adversários. A sua renúncia e a gestão de Nixon durante os dois anos em que esteve na Casa Branca, o renderam o título de “o presidente mais controverso da história dos EUA”.

O contexto da época era de uma polarização constante, baseada no crescimento dos embates entre os movimentos sociais de luta dos afro-americanos e os conservadores. O CPAC surgiu como um dos movimentos ligados ao conservadorismo, reunindo lideranças e buscando a “defesa da Constituição”.

Ao longo da sua história, o CPAC reuniu grandes personagens da direita conservadora americana como os ex-presidentes Ronald Reagan, George W. Bush e Donald Trump.

Em 2019, o evento foi trazido ao Brasil por uma iniciativa do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A organização do evento só permite a participação de “membros do Instituto Conservador-Liberal”, e a quinta edição – que ocorre neste final de semana – acontece no Expocentro, de forma presencial, mas com transmissão virtual disponível na plataforma do evento.

Entre os palestrantes do evento estão: Jair Bolsonaro (ex-presidente do Brasil), Javier Milei (presidente da Argentina), Guilherme Derrite (ex-Secretário de Segurança Pública de São Paulo); Eduardo Bolsonaro (Deputado Federal), Nikolas Ferreira (Deputado Federal), Jorginho Mello (Governador de Santa Catarina), Julia Zanatta (Deputada Federal) e Caroline de Toni (Deputada Federal).