‘A prioridade, agora, é votar o orçamento’, diz Haddad após reunião com Lula

Na reunião desta segunda-feira com Lula não foram debatidas novas medidas de corte de gastos, segundo Haddad.

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 14:41

Haddad disse também que a ala econômica não age com soberba, mas, sim, com humildade).
Haddad disse também que a ala econômica não age com soberba, mas, sim, com humildade). Crédito: Diogo Zacarias/ MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 6, depois de reunir com o presidente Lula, que a prioridade do governo está na aprovação do Orçamento de 2025, o que deve ocorrer em fevereiro, quando o Legislativo retomar os trabalhos.

Segundo Haddad, a equipe econômica apresentará ao relator da proposta, senador Angelo Coronel (PSD-BA), as mudanças necessárias para adequar o texto as alterações aprovadas no arcabouço fiscal no fim do ano passado. Entre elas, está a regra que limita o crescimento real do salário mínimo a 2,5%.

"A prioridade, agora, é votar o orçamento. Precisamos ajustar o orçamento as perspectivas do arcabouço fiscal e das leis aprovadas no fim do ano passado", disse Haddad.

Na reunião desta segunda-feira com Lula não foram debatidas novas medidas de corte de gastos, segundo Haddad.

"Nós não conversamos sobre isso [propostas de cortes de gastos] hoje, conversamos sobre outros temas. Mais o planejamento do ano, a questão do orçamento que ainda precisa ser votado", disse.

Haddad também negou que o governo debate a possibilidade de elevar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) que incide nas operações de saída de dólares do Brasil, como uma eventual medida para conter a alta no preço da moeda estrangeira.

"A questão do dólar, a gente precisa entender isso. Tem um processo de acomodação natural. Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo. Tivemos um estresse também no Brasil. E hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos [Donald Trump] deu declarações de moderação em relação as propostas feitas durante a campanha. É natural que as coisas se acomodem", declarou Haddad, que também negou a existência de qualquer discussão sobre a mudança de regime de câmbio flutuante.

"Não existe discussão para mudar o regime cambial no Brasil nem de aumentar imposto com esse objetivo. Estamos recompondo a base fiscal do Estado brasileiro pelas propostas endereçadas ao Congresso Nacional", disse.

Com informações de Isto É.