Brasil decide esvaziar embaixada em Damasco após saída de Bashar al-Assad

Operação, executada pelo Ministério das Relações Exteriores, está em curso e retira servidores em comboio com outros países e apoio da ONU.

Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 11:13

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Foto reprodução Crédito: Redes sociais 

O governo brasileiro age, neste momento, para retirar seu corpo diplomático da embaixada em Damasco, na Síria.

A ordem para evacuação partiu do Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 9, e tenta proteger os servidores do país em meio à crescente escalada de tensão no país do Oriente Médio após a derrubada do ditador Bashar al-Assad.

A operação de resgate está em curso e tem apoio da ONU. Tecnicamente, a embaixada brasileira permanecerá aberta, mas não há, na avaliação do governo Lula, como garantir a segurança do prédio e de seus servidores.

O Brasil se somou a outros países da Europa, que decidiram esvaziar suas representações. Um dos planos é, em comboio, levar os diplomatas e demais servidores até o Líbano. O Ministério das Relações Exteriores é o responsável pela operação.

A decisão veio após o registro de incidentes em algumas embaixadas em Damasco no final de semana, Cuba e Itália, entre elas.

A avaliação da elite da diplomacia de Lula é a de que as chances de a situação na Síria piorar são muito grandes. O ditador sanguinário Bashar al-Assad era reconhecido pela crueldade, mas havia um mínimo referencial de governo.

Neste momento, a leitura é de que pode haver uma espécie de anomia, com diversos grupos extremistas se enfrentando para manter o controle sobre suas regiões.