STF mantém prisão preventiva de Braga Netto por obstrução de Justiça em investigação

Ex-ministro da Defesa é suspeito de envolvimento em plano para impedir posse de Lula e de dificultar apuração judicial

Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 20:23

General Walter Souza Braga Netto
General Walter Souza Braga Netto Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve neste sábado (14) a prisão preventiva do general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. A decisão foi confirmada em audiência de custódia realizada pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Braga Netto foi detido pela Polícia Federal em sua residência, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, sob acusação de obstrução de Justiça e de participação em um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com as investigações, o general teria financiado operações relacionadas ao plano golpista, supostamente transportando dinheiro em espécie escondido em uma sacola de vinho.

A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e possíveis ações para dificultar a produção de provas durante a fase de instrução penal. Além da prisão, foram autorizadas buscas na residência do militar.

Após sua detenção, o Exército comunicou que Braga Netto permanecerá sob custódia no Comando da 1ª Divisão de Exército no Rio de Janeiro. A defesa do general declarou em nota que se manifestará nos autos quando tiver acesso completo às informações que fundamentaram a decisão judicial e reafirmou a crença no devido processo legal.