Publicado em 26 de novembro de 2024 às 15:19
Um registro da quantidade de peixes mortos em um trecho do Igarapé do Costa, no interior do município de Santarém, no Pará, está repercutindo Brasil afora e acende um alerta para o impacto causado pelas altas temperaturas também nos rios da Amazônia.
As imagens que ganharam os noticiários nesta terça-feira, 26, mostram um verdadeiro tapete de peixes, tartarugas e até um jacaré, mortos.
Segundo o município, cerca de 15 toneladas de animais morreram sem oxigênio por causa da extrema seca causada pelas altas temperaturas, que também afetam a flora da região com a ocorrência de focos de queimadas.
Só entre os dias 20 e 24 de novembro já foram registrados 34 focos de incêndios, e a fumaça já estaria afetando a qualidade de vida dos moradores.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) informa que a situação da fumaça que tem afetado o município é provocada, em sua maior parte, por queimadas registradas em cidades vizinhas. Pois, Santarém não figura entre os 20 municípios com os maiores focos de queimadas, conforme o ranking divulgado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semas).
Entretanto, a situação tem preocupado as autoridades locais. Na segunda-feira, 25, o prefeito Nélio Aguiar assinou o decreto nº 698/2024, que declara situação de emergência ambiental no município.
O decreto, válido por 180 dias, proíbe o uso de fogo para qualquer finalidade, incluindo limpeza e manejo de áreas, em todo o município. Contudo, há exceções previstas, como práticas de combate a incêndios supervisionadas por órgãos competentes, atividades agrícolas de subsistência realizadas por comunidades tradicionais e indígenas, controle fitossanitário com autorização ambiental e pesquisas científicas também autorizadas.