Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 17:24
A Usina Hidrelétrica Belo Monte pagou nos últimos oito anos, de abril de 2016 – início da operação, quando a primeira turbina entrou em funcionamento – a dezembro de 2024, R$ 1,2 bilhões de royalties ou Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH). Correspondente a 2024 foram R$ 140 milhões. Esse valor é uma espécie de indenização a ser cobrada de todas as usinas hidrelétricas por usarem a água para fins de geração de energia elétrica.
O montante é distribuído pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aos estados e municípios de atuação do empreendimento e ao Governo Federal e órgãos da administração direta da União.
Os royalties pagos pela Norte Energia, concessionária da Usina, para o Governo Federal são destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ao Ministério de Meio Ambiente, ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Para o Governo do Pará, para o município de Vitória do Xingu (PA), onde a Usina está instalada, e para o município de Altamira (PA), também área de atuação do empreendimento, foram destinados o total de R$ 972,9 milhões desde 2016.
A ANEEL atualiza periodicamente em sua base de dados (https://portalrelatorios.aneel.gov.br/Integrado) os valores pagos e recebidos pela compensação financeira.
Belo Monte é a maior hidrelétrica 100% brasileira e a quinta maior do mundo. Com capacidade para atender 60 milhões de pessoas, a usina gera energia limpa e renovável e é a que menos emite no bioma amazônico. A hidrelétrica é responsável pelo atendimento de 10% da demanda do país e atua como bateria natural do sistema energético, ajudando na reserva nacional e em momentos de alta demanda de energia.