COP 30 na Amazônia vai resgatar a essência das COPs, diz Helder Barbalho

Em entrevista concedida ao Estadão, o governador do Pará deu detalhes sobre a sua expectativa para a Cúpula do Clima (COP) da Amazônia.

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 18:18

(A COP de Belém terá, além da presença de grandes líderes globais, uma forte participação da sociedade civil.)
(A COP de Belém terá, além da presença de grandes líderes globais, uma forte participação da sociedade civil.) Crédito: Divulgação / Agência Pará

Em uma entrevista concedida ao Estadão, durante a COP 29, no Azerbaijão, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), deu detalhes sobre a sua expectativa de que a Cúpula do Clima (COP) da Amazônia, que será sediada em Belém, em novembro de 2025, possa restabelecer a confiança na condução de acordos multilaterais para frear as mudanças climáticas.

Nas declarações divulgadas nesta terça-feira, 26, Helder deixou claro que a cúpula de 2025 resgatará a “essência” das COPs após duas edições em “petroestados” (Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão) pouco abertos as manifestações e que diferente das anteriores, a COP de Belém terá, além da presença de grandes líderes globais, uma forte participação da sociedade civil.

“Belém será palco do reencontro da essência da COP. Quando sai de duas COPs em ‘petroestados’ e vai para a Amazônia, tem um simbolismo extraordinário. Isso mostra o caminho daquilo que o Brasil deseja apresentar como o país líder e sede da COP30.Além disso, a necessidade de trazer a floresta para o centro das discussões: sai da discussão do financiamento das economias de combustíveis fósseis e passa para o centro da floresta, colocando o exemplo do Brasil”, declarou o governador do Pará.

Há um ano do evento, a próxima COP-30 vai herdar expectativas da COP-29, que teve resultado considerado frustrante e um contexto geopolítico de difícil negociação, agravado com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Mas segundo Barbalho, o caminho traçado até novembro do ano que vem trará esse protagonismo ao Brasil.

“O Brasil tem problemas, mas certamente tem autoridade, comparado com outras nações no que diz respeito às metas e ambições. É aquilo que já vêm realizando, seja no campo da energia, no campo da redução das emissões, nesse caso atrelada a uma redução do desmatamento. Temos deveres de casa a fazer, sem dúvida, mas se olhar para o lado e visualizar o comportamento de outras nações nessa agenda, certamente este momento é o que o Brasil deve exercer esta liderança, esta autoridade”, ressaltou Helder Barbalho.

Com informações de Estadão Conteúdo.