Divisas estaduais tem fiscalização reforçada para evitar entrada de pragas

Para manter a sanidade da produção agrícola, a Agência vem intensificando a vigilância nos 14 postos fixos de fiscalização agropecuária existentes no Estado.

Imagem de perfil de Agência Pará

Agência Pará

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 12:14

Esse trabalho se estende por todo o território paraense e ajuda a manter os cultivos agrícolas livres de pragas.
Esse trabalho se estende por todo o território paraense e ajuda a manter os cultivos agrícolas livres de pragas. Crédito: Agência Pará

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) é responsável pela vigilância do trânsito agropecuário visando impedir a introdução e disseminação de pragas e doenças que representam ameaças à atividade agropecuária paraense.

Esse trabalho se estende por todo o território paraense e ajuda a manter os cultivos agrícolas livres de pragas. As ações são desenvolvidas em parceria com os órgãos da segurança pública, que apoiam os fiscais agropecuários durante as abordagens e na apreensão das cargas, em eventuais casos, com irregularidade no cumprimento da legislação de defesa vegetal.

Para manter a sanidade da produção agrícola, a Agência vem intensificando a vigilância nos 14 postos fixos de fiscalização agropecuária existentes no Estado. Em meados de novembro, uma equipe de servidores do Posto de Fiscalização Agropecuária de Couto Magalhães, no município de Conceição do Araguaia, na região de integração do Rio Araguaia, apreendeu e destruiu 200 mudas de bananeiras, que estavam sendo transportadas sem a documentação obrigatória.

Segundo o gerente do Programa Estadual de Sementes e Mudas da Adepará, Cleber Sampaio, a proibição da entrada de material de propagação sem origem idônea está prevista em lei e é indispensável para proteger a agricultura paraense. “Os materiais de propagação clandestinos são as principais formas de veicular os organismos patogênicos, que podem causar prejuízos imensuráveis ao setor produtivo”, explica.

O fiscal agropecuário reforça ainda que a apreensão é imprescindível para assegurar a sanidade do setor produtivo do Estado. “Quando se fala na cultura da bananeira os cuidados têm que ser redobrados, pois estamos frente a uma ameaça fitossanitária, com o surgimento da raça 4 tropical do fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (FOC), conhecida como TR4.

Segundo o engenheiro-agrônomo, o fungo é a maior ameaça da bananicultura do mundo e apesar de ser uma praga ausente no Brasil, há risco iminente de introdução dela no País, “por isso são necessárias ações a exemplo da que foi executada pelos servidores Aldo Aquino, Carla Rodrigues e Marcelo Vale, que contribuíram para assegurar a sanidade, o desenvolvimento sustentável e competitivo do agronegócio paraense”, ressaltou.