Nesta quarta-feira, 6, a Justiça do Pará tornou a advogada Juliana Giugni Cavalcante Sobrinho de Melo ré pela morte da mãe, a aposentada Arlene Giugni da Silva, de 64 anos. Arlene foi assassinada a facadas dentro do edifício Villa Dei Fiore, na Travessa Dr. Moraes, no bairro Batista Campos, em Belém.
Na última semana de junho, o caso teve uma grande reviravolta. Na época do crime, ocorrido no dia 18 de janeiro, o filho de Arlene, o também advogado Leonardo Felipe Giuni Bahia, irmão de Juliana, teria assumido a autoria do crime e também afirmou que teria tentado matar a irmã. O advogado foi então denunciado como autor do homicídio contra a mãe e tentativa de homicídio contra a irmã. Porém, laudos do exame de corpo de delito mostram fortes vestígios da irmã na lâmina da faca utilizada no crime.
Com o surgimento de novas provas, a Promotoria concluiu que o feminicídio foi praticado pela filha da vítima. Além disso, a promotoria tem em mãos, os depoimentos de três testemunhas que reforçam a afirmação. Segundo a Justiça, Leonardo, que continua preso pelo crime, é coautor da morte da mãe, pois, os exames também apontam vestígios dele na faca.
Para o Ministério Público, Juliana Giugni estando em liberdade poderia alterar as provas do processo, intimidar testemunhas ou até mesmo fugir. Sendo assim, a prisão preventiva da ré foi solicitada. No entanto, o juiz João Augusto de Oliveira Junior, titular da 1ª vara de Violência Domestica e Familiar de Belém, indeferiu o pedido contra Juliana, alegando fragilidade dos indícios de autoria.