Reprodução/Arquivo Pessoal
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Briga por choro de criança autista termina com duas mortes e uma mulher baleada na cabeça

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No ultimo final de semana, uma briga motivada pelo incômodo com o choro de uma criança autista provocou duas mortes e deixou uma mulher em estado grave após ser baleada na cabeça. O caso aconteceu em Teresina, no Piauí, no último sábado, dia 30.

A Polícia Civil cita que ainda está investigando o caso para apurar o máximo de detalhes, mas que as informações preliminares indicam que Daniel Flauberth Gomes Nunes Leal, de 38 anos, teve uma discussão com o cunhado, Felipe Guimarães Martins Holanda, de 37, desde a noite de sexta-feira, 29, por causa do incômodo provocado pelo choro constante do filho de Felipe, um menino de cinco anos que faz parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Durante a discussão, Felipe estaria com uma faca e Daniel teria pegado uma arma, que disparou durante a briga.

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Daniel (à esquerda) e Felipe (à direita)

Além dos dois, a outra pessoa baleada foi Juliana Silva, cuja idade não foi divulgada, que é babá do filho de Felipe. Ela foi baleada na cabeça do lado de fora da casa, por um tiro que transfixou uma das portas da residência. Ela está internada em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Daniel, atingido na cabeça, já saiu do local dos tiros desacordado. Horas depois, faleceu no hospital. Já Felipe foi atingido na virilha e, devido à gravidade do ferimento, também não resistiu e morreu. Todos estiveram no mesmo hospital.

Investigação e motivação do crime

O delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), destaca que todos os detalhes da motivação do conflito estão sendo investigadas, mas diz que a família era toda de evangélicos e não consumiam bebidas alcoólicas. Não houve festas na casa na sexta e nem no sábado.

No entanto, ele diz que “Todo ser humano é um homicida em potencial, basta a oportunidade. Essas duas pessoas esclarecidas entraram em uma contenda e dois vieram a óbito. Devia haver já um ranço entre as duas. O choro de uma criança autista levar a tudo isso, não acredito. Mas a investigação é que vai dizer. O inquérito policial instaurado para explicar como foi a dinâmica do crime”.

No local do crime, há um terreno onde há um pequeno prédio com apartamentos e uma casa, viviam três famílias: Felipe e a esposa, Daniel e a esposa (irmã de Felipe) e os pais de Felipe e sua irmã. Juliana, a mulher que continua internada, era casada com o irmão de Felipe e estava na casa no momento da discussão. Não se sabe ainda se ela morava com o marido no mesmo imóvel.

Daniel tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha três armas de fogo em casa, que foram apreendidas. O delegado cita que apenas uma foi utilizada no momento da discussão.

Daniel tinha três filhas, com idades entre 5, 9 e 13 anos. Já Felipe tinha um filho, o menino de 5 anos que tem autismo. Juliana é mãe de duas meninas.

Com informações do G1

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