Presidente do Palmeiras, Leila Pereira propõe mudança radical após caso de racismo

Punição da Conmebol a clube paraguaio é considerada 'branda' por Palmeiras e CBF

Publicado em 11 de março de 2025 às 10:23

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira pede que clubes façam 'reflexão' após atitudes da Conmebol
Presidente do Palmeiras, Leila Pereira pede que clubes façam 'reflexão' após atitudes da Conmebol Crédito: Cesar Greco/Palmeiras

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, criticou as punições aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño após os ataques racistas contra o jogador Luighi durante uma partida da Libertadores Sub-20. Insatisfeita com a postura da entidade, a dirigente sugeriu que os clubes brasileiros deixem a Conmebol e se filiem à Concacaf, que reúne equipes da América do Norte e Central.

"Nós precisamos tomar medidas firmes em relação à Conmebol. Não é aceitável que o Brasil, responsável por 60% das receitas da entidade, tenha seus clubes tratados dessa forma", declarou Leila em entrevista à TNT Sports, antes da classificação do Palmeiras sobre o São Paulo, no Paulistão.

Sugestão

A dirigente também propôs uma reflexão sobre uma possível mudança de federação. "Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime e não trata os clubes brasileiros com o respeito que merecem, por que não considerar a filiação à Concacaf?", sugeriu.

Leila Pereira pretende levar o caso à FIFA e reforçou sua ideia de mudança de federação. "Saímos da Conmebol e vamos para a Concacaf. Acho que só assim vão respeitar o futebol brasileiro, que hoje não recebe o devido respeito. É algo a ser pensado. Tenho uma reunião na quarta-feira na CBF e vou conversar com os clubes brasileiros e com o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Precisamos plantar essa semente. Financeiramente, seria muito mais vantajoso para todos os times brasileiros", concluiu a presidente.

A punição

O caso de racismo ocorreu na semana passada, em Assunção, no Paraguai. Durante a partida da Libertadores Sub-20, torcedores do Cerro Porteño chamaram Luighi de "macaco". Após o jogo, o jogador chorou e desabafou sobre o episódio, pedindo providências da Conmebol. A entidade multou o clube paraguaio em US$ 50 mil (cerca de R$ 289 mil) e determinou portões fechados como punição.