Publicado em 5 de março de 2025 às 17:00
O diagnóstico de câncer ainda é cercado por mitos e receios, gerando sentimento de incerteza. Além disso, os termos oncológicos utilizados pelos profissionais frequentemente causam confusão entre os pacientes, dificultando a compreensão sobre a doença. No entanto, muitos deles podem representar boas notícias. >
“Nem sempre os termos oncológicos são de fácil entendimento. Muitos pacientes ficam em dúvida e confundem conceitos como o de regressão, remissão, seguimento e cura da doença”, destaca o Dr. Ramon Andrade de Mello, oncologista de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia. >
A seguir, o especialista explica o significado de cada uma dessas palavras que todo paciente oncológico sonha em ouvir. Confira! >
O Dr. Ramon Andrade de Mello explica que o conceito de regressão tem relação direta com o tamanho do tumor. “Então, quando há a diminuição do tumor ou da extensão da doença no corpo, falamos em regressão. Isso ocorre na maioria das vezes pelo tratamento. Há casos raríssimos de regressão espontânea com desaparecimento completo ou parcial de um tumor maligno”, explica. >
De acordo com o especialista, o seguimento oncológico é o acompanhamento médico regular que um paciente deve fazer após o tratamento do câncer. “O objetivo é detectar a possibilidade de recidiva ou novos problemas. Essas consultas médicas regulares acontecem independentemente dos sintomas. O paciente passa por exames físicos e outros que podem incluir análises laboratoriais e de imagem”, diz. >
É o primeiro estágio da melhor notícia que todo oncologista deseja dar ao paciente, segundo o profissional. “Em termos de fácil entendimento, a remissão pode ser parcial ou completa, temporária ou permanente. Isso significa que os sinais e sintomas do câncer estão reduzidos ou ausentes”, conta o Dr. Ramon Andrade de Mello. >
O médico explica detalhadamente os estágios: “A remissão parcial tem muita relação com a regressão da doença, ou seja, ela é a diminuição do tamanho de um tumor ou da extensão da doença no corpo, em resposta ao tratamento, o que diminui também os sintomas. Já a remissão completa é o desaparecimento de todos os sinais da doença em resposta ao tratamento. Isso nem sempre significa que o câncer foi curado, mas é uma boa notícia”. >
Permanecer em remissão completa por cinco anos ou mais, normalmente, significa cura. “Mesmo assim, algumas células cancerosas podem permanecer no corpo, por isso o acompanhamento médico é importante”, esclarece. >
Conforme o médico, o mais importante para pensarmos em cura para o câncer é fazer o diagnóstico precoce da doença. “A cura também está atrelada ao tipo de tumor, de forma que alguns são mais agressivos e com maiores chances de metástases que outros. E existem alguns tumores que têm altas taxas de cura, até mesmo quando diagnosticados em fases avançadas”, diz. >
Apesar das incertezas que cercam o paciente, o Dr. Ramon Andrade de Mello diz que o diagnóstico de câncer não é o fim da linha e que, em muitos casos, é possível chegar até as boas notícias. “Seguir o protocolo médico desenvolvido pelo especialista é fundamental”, finaliza o oncologista. >
Por Guilherme Zanette >