17 anos depois: veja como está jovem que foi torturada e teve língua cortada com alicate pela mãe adotiva

Lucélia Rodrigues foi encontrada amordaçada e acorrentada na área de serviço de um apartamento, em Goiânia após sofrer maus tratos, em 2008

Publicado em 30 de março de 2025 às 18:44

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Reprodução  Crédito: Arquivo 

Lembrar o passado nem sempre é algo  para algumas pessoas, principalmente, para aquelas que já vítimas de algum tipo de violência. Neste domingo (30), Lucélia Rodrigues publicou em suas redes sociais um vídeo em que mostrou o prédio em que ficou presa por quase dois anos, onde na época, foi agredida e chegou a ter a língua cortada pela mãe adotiva. O caso dela ganhou repercussão nacional. 

“Foi aqui que eu vivi os piores dias da minha vida”, comentou Lucélia.

A menina foi resgatada do apartamento, que se tornou um cativeiro, pela polícia quando tinha apenas 12 anos, em 2008. Ela estava amordaçada e acorrentada na área de serviço do apartamento da empresária Sílvia Calabresi Lima, em um bairro nobre de Goiânia. Após as agressões, Lucélia foi para um abrigo, onde foi adotada por um casal de pastores. Atualmente, ela é casada e tem dois filhos. Como missionária, conta sua história de superação e seus sonhos realizados após anos de sofrimento. 

Já a acusada, Silvia, foi condenada a quase 15 anos de prisão. Em 2014 a Justiça concedeu o benefício de progressão de pena e ela foi transferida para o regime semiaberto.

Relembre a história 

O crime ocorreu há quase 17 anos, em 2008. Tudo começou quando Lucélia foi morar com Sílvia, com autorização da mãe, para estudar. Com o passar do tempo, a menina foi obrigada a fazer todas as tarefas domésticas, e apanhava diariamente, sendo torturada com instrumentos como um alicate, que, segundo o inquérito, foi usado para cortar a língua da garota. Além disso, em algumas ocasiões, a mulher colocava pimenta na boca, nariz e olhos da menina e a deixava sem comer por dias.

A polícia chegou até o prédio de Sílvia após a denúncia de um vizinho. Assim como a ex-empresária, a empregada dela também foi condenada, em junho de 2008, a sete anos de prisão por participação no crime. O marido de Sílvia pegou 1 ano e 8 meses por omissão.