Publicado em 14 de março de 2025 às 08:20
Uma adolescente de 16 anos, identificado como Emilly Azevedo Sena, estava grávida de 9 meses e foi encontrada morta em uma cova rasa no Jardim Florianópolis, em Cuiabá (MT), na noite de quarta-feira (12). Segundo a investigação, ela teria sido assassinada por enforcamento com fios, e posteriormente, seu bebê foi tirado do ventre.>
O delegado Caio Alexandre da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que o corpo de Emilly apresentava sinais de estrangulamento, indicando que a morte não ocorreu por arma de fogo ou branca nesse momento. No entanto, após a morte da jovem, os criminosos utilizaram uma arma branca para retirar a criança, que foi encontrada viva. Facas foram encontradas no local, e a perícia está trabalhando para determinar a dinâmica do crime, incluindo o local da agressão inicial e vestígios de sangue.>
Até o momento, quatro pessoas foram detidas como suspeitas de envolvimento no crime. Duas delas foram identificadas: Christian Albino Cebalho de Arruda, cozinheiro, e Nataly Hellen Martins Pereira, funcionária de uma empresa de fast food. Nataly se apresentou ao Hospital e Maternidade Santa Helena, alegando ter dado à luz em casa, mas os médicos rapidamente perceberam que ela não apresentava sinais de gestação.
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A polícia suspeita que os envolvidos tenham algum conhecimento médico básico, uma vez que conseguiram realizar a cirurgia sem a assistência apropriada e com a criança sobrevivendo.>
A adolescente estava desaparecida desde as 11h desta quarta-feira (12) após sair de casa, no Bairro São Matheus, em Várzea Grande, para buscar doações de roupas de bebê oferecidas pela mulher presa.
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A mãe da adolescente, Ana Paula Meridiane, relatou que tentou ligar para a filha várias vezes, mas as chamadas foram recusadas. Emilly chegou a mandar mensagens dizendo que estava em uma corrida de aplicativo antes de desaparecer.>
"Ela não atendia, só recusava as ligações. Apenas me mandava mensagens dizendo que não podia falar porque estava em uma corrida de aplicativo. Não sei quem é essa mulher, pois toda a conversa aconteceu pelo celular da Emilly, que agora está desligado. O esposo dela também não sabe quem ela é", relatou a mãe da vítima.>
Menos de 24 horas depois, a suspeita e o companheiro dela foram presos ao tentar registrar um recém-nascido no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, levantando suspeitas sobre o caso.>
Em entrevista a um veículo de comunicação, a mãe de Emilly, Ana Paula Meridiane, informou que filha conversava com uma a mulher pelas redes sociais que afirmava ser mãe de dois meninos e que estaria à espera de uma terceira filha e, por isso, tinha roupas de bebê para doar.>
Durante as mensagens trocadas, a suspeita disse ter roupas de bebê e um protetor de berço para doar, enviando a localização para que Emilly fosse buscá-los. No entanto, após sair de casa, a jovem desapareceu e não foi mais vista.>
"Ela falou que ganhou muita roupa e queria doar um pouco para Emilly. Então, mandou a localização e até um Pix para que minha filha pudesse ir até lá buscar as roupas. Só que ela foi e não voltou", relatou a mãe.>
A equipe médica estranhou o comportamento da mulher, que afirmava ter dado à luz recentemente. Diante da suspeita, os profissionais acionaram a polícia, que deteve o casal e os encaminhou à delegacia. Exames mais detalhados serão realizados para determinar se a mulher estava, de fato, grávida.>
A mãe da jovem desaparecida foi até o hospital, onde a criança permaneceu após a equipe médica da unidade chamar a polícia. O Hospital Santa Helena confirmou a ocorrência e informou que a criança continua internada.
Com informações do G1>