Aeronave invade espaço aéreo brasileiro e é interceptada

Criminosos fazem pouso forçado e ateiam fogo na aeronave para apagar seus vestígios.

Publicado em 27 de setembro de 2024 às 15:42

Criminosos colocaram fogo na aeronave para apagar vestígios.
Criminosos colocaram fogo na aeronave para apagar vestígios. Crédito: Fotos: Operação Ostium

Na última quinta-feira, 26, durante a tarde, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, nas imediações de Humaitá (AM), um avião Cessna 210, sem identificação, que tentou entrar clandestinamente no espaço aéreo brasileiro, próximo à fronteira peruana.

De acordo com a coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os caças A-29 Super Tucano foram ativados imediatamente ao detectar a atividade ilícita no radar do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (SISDABRA), interceptando o avião às 16h (horário de Brasília).

A coordenação tripla - Força Aérea, Polícia Federal e novas tecnologias de vigilância aérea - tem se mostrado eficaz contra os adversários que ameaçam o Estado brasileiro. Neste caso, por exemplo, já foram descobertas informações relevantes acerca da aeronave. Ao executar as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), a Defesa Aérea determinou a execução das Medidas de Interrogação, Alteração de Rota e Tiro de Aviso (TAV). No entanto, a aeronave, sem um plano de voo e sem qualquer disposição para colaborar, desobedeceu às instruções.

Agindo com total desrespeito à lei, pouco antes de serem informados que seriam abatidos, os criminosos executaram manobras desesperadas com o avião e efetuaram um pouso forçado nas imediações de Humaitá (AM). Para apagar vestígios, eles incendiaram o avião e fugiram rapidamente.

O Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, destacou a efetividade da missão: "A Força Aérea Brasileira está sempre pronta e nossa competência para receber e interpretar informações, além de coordenar com as entidades governamentais, está em constante aprimoramento.", afirmou o major.

Estas medidas fazem parte da Operação Ostium, um componente do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), cujo propósito é reprimir atividades ilícitas na fronteira, em colaboração com a Força Aérea Brasileira e os Órgãos de Segurança Pública (OSP), de acordo com o Decreto no 5.144, de 16 de julho de 2004.