Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 21:02
A Azul e a Gol firmaram nesta quarta-feira, 15, um memorando de entendimento que, se aprovado pelo Cade e pela Anac, resultará na fusão das duas companhias aéreas.
A previsão é de que o processo junto aos órgãos reguladores leve cerca de um ano, permitindo o início das operações conjuntas em 2026. Embora haja pouca sobreposição de rotas, a união das duas empresas criaria um competidor com mais de 60% de participação no mercado de passageiros.
Para o CEO da Azul, John Rodgerson, que liderará o novo grupo, essa concentração de mercado é significativa, mas não representa um obstáculo, já que, segundo ele, a Latam apresenta números semelhantes no Chile e em alguns destinos do Brasil.
Entretanto, o negócio está condicionado ao cumprimento de várias exigências. A principal delas é a conclusão do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, o Chapter 11. A renegociação com os credores é essencial para reduzir o nível de endividamento da empresa.
Conforme os termos do memorando, obtido pelo Painel S.A., a alavancagem combinada das duas companhias não pode ser superior à da Gol após a renegociação com os credores. Estima-se que esse índice seja de quatro vezes o Ebitda (lucro antes de impostos, tributos, depreciação e amortizações). Caso essa condição não seja atendida, a fusão não será concretizada.
Fonte: Folha de S. Paulo