Brasileiros deportados dos EUA relatam maus-tratos e condições desumanas durante voo de repatriação
Relatos apontam que os passageiros ficaram sem alimentação adequada por mais de 40 horas, enquanto as tensões no voo culminaram em tumultos.
Publicado em 26 de janeiro de 2025 às 10:39
Um grupo de brasileiros deportados dos Estados Unidos enfrentou uma série de adversidades ao retornar ao país. O desembarque ocorreu no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, após um voo tumultuado marcado por condições degradantes e relatos de maus-tratos.
Inicialmente, a aeronave deveria pousar diretamente em Confins, mas fez uma parada inesperada em Manaus devido a problemas técnicos. Durante a escala, o sistema de ar-condicionado apresentou falhas, agravando o desconforto dos passageiros em meio à longa espera para reabastecimento.
Relatos apontam que os passageiros ficaram sem alimentação adequada por mais de 40 horas, enquanto as tensões no voo culminaram em tumultos. Diversos deportados relataram terem sido vítimas de violência física e psicológica por parte dos agentes americanos. Segundo depoimentos, houve casos de imobilização forçada, com pessoas sendo amarradas nas mãos, pés e cinturas. Um passageiro teria desmaiado após ser submetido a um mata-leão.
Diante dos graves relatos, o Ministério das Relações Exteriores classificou o tratamento recebido pelos brasileiros como “degradante” e anunciou que buscará esclarecimentos junto ao governo dos Estados Unidos. Além disso, destacou a necessidade de assegurar o respeito aos direitos humanos, mesmo em situações de deportação.
A Força Aérea Brasileira (FAB) desempenhou papel essencial ao dar suporte na conclusão do retorno dos passageiros ao país. Representantes do governo também enfatizaram que a repatriação deve ser realizada de forma digna, garantindo segurança e respeito aos cidadãos deportados.
Os relatos dos brasileiros chamam atenção para a realidade enfrentada por imigrantes em processos de deportação. As denúncias de negligência, violência e tratamento desumano reforçam a urgência de discutir políticas migratórias mais justas e a necessidade de mecanismos internacionais que garantam os direitos básicos de todos os indivíduos, independentemente de sua situação legal.
