Cabeça raspada e degolada: o que se sabe sobre a morte da jovem Vitória em SP

Vitória de Sousa, de 17 anos, desapareceu no dia 26 de fevereiro. No mesmo dia, a jovem achou que estava sendo perseguida em Cajamar, em São Paulo.

Publicado em 7 de março de 2025 às 09:57

Ela estava desaparecida há uma semana, desde o dia 26 de fevereiro. 
Ela estava desaparecida há uma semana, desde o dia 26 de fevereiro.  Crédito: Reprodução

A polícia encontrou na última quarta-feira (5), o corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, moradora de Cajamar, na Grande São Paulo. Ela estava desaparecida há uma semana, desde o dia 26 de fevereiro. 

O delegado responsável pela investigação, Aldo Galiano Junior, disse que há inconsistências temporais do depoimento do ex-namorado em relação aos dos demais envolvidos. De acordo com o delegado, no depoimento, a fala dele “está fora de todo o contexto da cena que foi reconstituída em termos de horário".

As buscas, inicialmente concentradas na região onde a jovem foi vista pela última vez, foram ampliadas e mobilizaram mais de 100 agentes.

O corpo da adolescente foi localizado em uma área de mata de difícil acesso em Cajamar. Conforme o delegado, ela foi encontrada nua, o cabelo raspado, “muito machucada” e degolada. O corpo da vítima foi reconhecido por familiares devido a tatuagens no braço e na perna e de um piercing no umbigo.

Em nota, a SSP afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. Foram requisitados exames periciais e exames ao IML (Instituto Médico Legal) para o corpo da vítima. Os laudos estão em elaboração.

Vitória achava que estava sendo perseguida na noite em que desapareceu

Vitória desapareceu após deixar o trabalho, no restaurante de um shopping, em Cajamar, na noite do dia 26 de fevereiro. Imagens de câmeras mostram a adolescente caminhando pela rua até o ponto de ônibus. Nesse local, ela conversa com uma amiga e relata o medo de estar sendo perseguida.

Segundo testemunhas, Vitória Regina de Sousa foi seguida por um carro com quatro rapazes após descer do ônibus.

Print 1 da conversa entre Vitória e a amiga no dia em que a jovem desapareceu.
Print 1 da conversa entre Vitória e a amiga no dia em que a jovem desapareceu. Crédito: -
Print 2 da conversa entre Vitória e a amiga no dia em que a jovem desapareceu.
Print 2 da conversa entre Vitória e a amiga no dia em que a jovem desapareceu. Crédito: -
Print 3 da conversa entre Vitória e a amiga no dia em que a jovem desapareceu.
Print 3 da conversa entre Vitória e a amiga no dia em que a jovem desapareceu. Crédito: -

Segundo as investigações, dois ocupantes do veículo teriam assediado a jovem na noite de seu desaparecimento, em 26 de fevereiro. O automóvel pertencia a um vizinho da vítima, que teria emprestado o carro a Gustavo Vinícius, ex-namorado de Vitória.

A polícia ainda não confirmou se o ex-namorado dela, Gustavo, estava ao volante no momento da abordagem, mas os indícios apontam que o carro estava em sua posse no dia do desaparecimento. O veículo foi localizado e passou por perícia, que encontrou um fio de cabelo feminino no interior. O material foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, e o resultado da análise deve ser divulgado nesta sexta-feira (7/3), podendo confirmar se pertence à vítima.

O dono do Corolla fugiu logo após a descoberta do corpo de Vitória. A polícia rastreou suas movimentações financeiras e identificou que ele transitava por cidades do interior paulista. Ele foi localizado e conduzido à delegacia de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, na quinta-feira (6).

Para o delegado responsável pelo caso, “provavelmente foi crime de vingança”. As autoridades seguem analisando provas e ouvindo testemunhas para elucidar os detalhes do crime e responsabilizar os envolvidos.

Com informações do Metrópoles e Nd+