Caso Vitória: durante confissão, preso afirmou que era chantageado pela jovem

Maicol Sales dos Santos, de 27 anos, que confessou à Polícia Civil ter assassinado Vitória Regina de Souza, de 17 anos, contou que cometeu o crime após uma discussão motivada por uma chantagem feita pela jovem devido a uma suposta traição do homem.

Segundo a confissão, o preso contou que havia tido relações com a jovem há cerca de um ano em meio, período em que estava no início do relacionamento com a atual esposa.

Sabendo disso, de acordo com Maicol, Vitória teria passado a ameaçá-lo e dizia que contaria sobre o “pequeno deslize” para a companheira dele. Essas ameaças teriam acontecido durante todo esse período. Então, na noite de 26 de fevereiro, o homem teria ido até um ponto de ônibus, esperar pela adolescente.

Após perceber que a jovem não iria aparecer, ele seguiu em direção para casa. Maicol conta que, por coincidência, os caminhos dele e da vítima eram os mesmos e que ele encontrou Vitória no trajeto. Ao se aproximar da adolescente, o homem teria pedido para conversar com ela, que aceitou o convite e entrou no veículo.

Dentro do carro, um Corolla prata, os ânimos teriam se exaltado, contou o preso em depoimento. Neste momento, ele afirma que Vitória o atacou, arranhou o seu pescoço e antebraço, deixando cicatrizes que, segundo o suspeito, já eram perceptíveis no primeiro depoimento dado à polícia.

O homem conta que reagiu às agressões, pegou uma faca na lateral do banco e golpeou a jovem duas vezes. A adolescente teria desfalecido após o segundo golpe.

Com a conclusão do laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML), Vitória não sofreu violência sexual, mas foi morta com três facadas: uma no tórax, uma no pescoço e uma no rosto. A perícia também observou que a presença de álcool no sangue da vítima poderia indicar "um processo de fermentação característico da putrefação" do corpo, mais do que um sinal de intoxicação.

Com informações do Metrópoles