Crise: Correios atrasam salário de parte dos funcionários

O salário de parte dos funcionários dos Correios, referentes ao mês de janeiro, atrasou por causa do agravamento da crise na estatal. Por acordo trabalhista feito entre a empresa e os trabalhadores, o salário na estatal é pago no último dia útil do mês desde 1969.

O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo ( Sintect-SP) protocolou um ofício cobrando a direção. Segundo o presidente do sindicato, Elias Diviza, alguns salários começaram a ser pagos ontem (4). Segundo ele uma decisão da atual gestão de centralizar todos os serviços de Recursos Humanos em Minas Gerais teria bagunçado todo o sistema. Os Correios têm 85.000 empregados diretos.

“Deram a explicação de que houve falha no sistema do RH. Já tivemos esse mesmo problema com o tíquete. É falta de planejamento e gestão. Tem que voltar a ter RH em São Paulo e Rio”, disse.

Procurado, o Correios informou que havia “inconsistências” em algumas rubricas e dados bancários desatualizados que levaram ao atraso de 124 pagamentos. O sindicato contesta os números e vai entrar com ação na justiça por quebra de contrato.

Na última semana, um balanço sobre as estatais revelou que o Correios teve o maior prejuízo de toda a sua história em 2024: R$ 3,2 bilhões. O rombo somado às decisões de abrir mão de processos bilionários levaram ao pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados.