Publicado em 15 de novembro de 2024 às 11:24
As explosões em torno do STF, em Brasília, na noite de quarta-feira, 13, elevaram ainda mais a preocupação e sobre medidas adicionais de segurança durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Tratado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva como um ataque com motivação política, o episódio preocupa integrantes do Itamaraty diretamente envolvidos na preparação do encontro.
O Rio de Janeiro se prepara para receber, na segunda-feira, 18, e na terça-feira, 19, 55 delegações estrangeiras, a maior parte representada por chefes de Estado e de governo das 20 maiores economias do mundo, países convidados e líderes de organizações internacionais.
Entre eles, os presidentes dos EUA, Joe Biden, da China, Xi Jinping, da França, Emmanuel Macron, o premiê do Reino Unido, Keir Starmer, e o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, as cinco potências com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.
O atentado ocorreu a poucos dias da chegada de Xi a Brasília. Ele fará uma visita de Estado e passará a quarta-feira, 20, na capital. O presidente chinês será recebido por Lula no Palácio da Alvorada, a quatro quilômetros do local das explosões, no Supremo Tribunal Federal. A recepção no Alvorada é incomum e já sinalizava, segundo secretários do Itamaraty, restrições de segurança.
Reforço
Uma carreta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi instalada ao lado do Aeroporto Santos Dumont, que por exigência de segurança das comitivas estrangeiras será fechado para voos comerciais entre os dias 17 e 20 (de domingo a quarta-feira). O espaço aéreo será controlado e o trânsito de veículos será bloqueado. Lula optou pelo emprego das Forças Armadas no período de 14 a 21 de novembro, por meio de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O controle militar começou ontem, mas deve ser ampliado, segundo um embaixador brasileiro. O efetivo previsto era de 9 mil militares de Marinha, Exército e Aeronáutica, segundo o Ministério da Defesa. Eles atuarão na Marina da Glória, no MAM, no Monumento a Estácio de Sá, nos hotéis da orla, do Leme à Barra da Tijuca, nos aeroportos Santos Dumont e Galeão (usado pelas comitivas) e nos respectivos deslocamentos das autoridades.