Em cela separada, Deolane passou a noite em presídio de Buíque, no agreste de Pernambuco

A advogada teve a prisão preventiva decretada por descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça para a concessão de prisão domiciliar.

Após prisão domiciliar ter sido revogada, a advogada, empresária e influenciadora digital Deolane Bezerra, presa em operação contra uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, passou a noite na Colônia Penal Feminina, na cidade de Buíque, Agreste de Pernambuco.

Deolane e a mãe, Solange Bezerra, foram presas na quarta-feira, 4, na operação Integration contra uma quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Na tarde da última segunda-feira, 9, Deolane deixou a Colônia Penal Feminina do Recife, beneficiada por um habeas corpus. Para a liberação, Deolane tinha que cumprir medidas cautelares impostas pela Justiça, que incluíam não falar com a imprensa e não fazer publicação em redes sociais, para a concessão de prisão domiciliar. Ela foi liberada após colocar uma tornozeleira eletrônica. Logo na sua saída, a influenciadora falou com a imprensa e com fãs que se aglomeravam no local. Em seguida, postou uma foto no Instagram em que aparece com a boca coberta por uma fita, com a inscrição de um "X" no meio.

Na última terça-feira, 10, a Justiça revogou a prisão domiciliar da influenciadora digital que teve de retornar ao presídio. A advogada teve a prisão preventiva decretada por descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça para a concessão de prisão domiciliar. A Seap disse ainda que não repassará mais informações sobre a prisão por questão de segurança, e em razão de o processo tramitar em segredo de justiça.

Para resguardar sua integridade física, Deolane está em uma cela reservada, segundo nota da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (Seap-PE).

Deolane chegou a Buíque na noite da última terça-feira, 9, e havia bastante gente em torno da cadeia, mas, nesta manhã, a movimentação foi tranquila ao redor do prédio, onde também cumprem penas as "Canibais de Garanhuns", como ficaram conhecidas as duas mulheres condenadas por matar e vender carne humana dentro de salgados na cidade.

A Colônia Penal Feminina fica localizada na divisa entre uma área de mata e outra urbana e com casas próximas. O presídio fica a cerca de 150 quilômetros de Caruaru, a maior cidade do Agreste de Pernambuco, a 280 km do Recife. A Colônia Penal Feminina é dividida em dois pavilhões, um destinado para 70 presas e outro para pouco mais de 30. Segundo informações do sindicato dos policiais penais, a unidade prisional tem 107 vagas, mas abriga atualmente 264 presas.