Exército não comenta prisão de militares por plano de matar Lula e nega atuação deles no G20

Entre os alvos está ainda o policial federal Wladimir Matos Soares. Todos foram presos nesta terça-feira por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

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Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 15:09

Todos os presos, com exceção do policial federal Wladimir Matos Soares, são os chamados “kids pretos”.
Todos os presos, com exceção do policial federal Wladimir Matos Soares, são os chamados “kids pretos”. Crédito: Reprodução

O Exército informou, no fim da manhã desta terça-feira, 19, que não vai se manifestar sobre a operação da Polícia Federal que investiga um plano de militares da ativa para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, o vice, Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"A Força não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República", disse.

O Centro de Comunicação Social do Exército somente assinalou que os três militares da ativa que foram alvos da PF não integravam equipes que atuam na segurança da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Segundo o comunicado, o general da reserva Mário Fernandes e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima estavam no Rio para cerimônias de conclusão de cursos de familiares e amigos.

Já o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo "deslocou-se para a guarnição, a serviço, para participar de outras atividades" e não fez parte do efetivo empregado na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) realizada para o G20. E o tenente-coronel Rafael Martins De Oliveira já estava afastado do serviço ativo por decisão da Justiça.

A investigação encontrou documentos que apontam a elaboração do plano "Punhal Verde e Amarelo". Os achados descreviam a possibilidade de assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, por envenenamento ou "uso de químicos para causar um colapso orgânico", e o então vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

Com relação ao ministro Moraes, o plano citava a possibilidade de envenenamento em evento oficial público e também o uso de "artefato explosivo".