Filho de Sandra de Sá é acusado de estelionato e MP pede investigação

O Ministério Público de São Paulo solicitou uma investigação à Polícia Civil, sobre o filho da cantora Sandra de Sá, o ator e empresário, Jorge de Sá, acusado de estelionato e falsidade documental.

Segundo a denúncia, famílias afirmam ter contratado os serviços de Jorge para intermediar bolsas de estudo em escolas dos Estados Unidos, mas não tiveram nenhum resultado após os pagamentos.

Uma das vítimas, o advogado Alex Messias Batista Campos, contou à imprensa que mais de 100 pessoas, que dizem ser vítimas do suposto estelionato, criaram um grupo de mensagens chamado “Jorge de Sá Lesados”, para formalizar as denúncias.

Alex contou que fez o pagamento para Jorge, e só depois descobriu que deveria encaminhar os valores diretamente para a escola onde os filhos iriam estudar. Segundo o advogado, o ator garantiu a vaga por cerca de R$ 115 mil, mas descobriu que não existia nada garantido.

"A gente começou a receber cobranças da escola, até que mandamos um e-mail diretamente para a escola e não tinha nenhum dólar pago. Ia vencer a terceira mensalidade e o diretor falou que iria rescindir o contrato porque não tinha nenhum valor pago. Passados dias, ele pagou o que estava em atraso. A escola não reconhece o Jorge como agente, ele é um sub agente de uma empresa com base na Sérvia. Eles me escreveram por e-mail que nada é pago para o agente, que ele só faz a intermediação, e tudo é pago para o colégio. E por fim, que inexiste qualquer garantia de vaga por preço fixo", contou.

"Jorge de Sá, representando a empresa K&J Soluções Digitais, mediante artifício e ardil, obteve indevida vantagem econômica em detrimento das vítimas, os quais contrataram os seus serviços de consultoria e assessoramento para obter bolsas escolares em estabelecimentos educacionais americanos para seus filhos, uma vez que ele se apresentava como intermediário dessas escolas e prometia vagas garantidas com preços fechados", diz parte da denúncia encaminhada ao MP.

Jorge de Sá , que tem mais de 500 mil seguidores, mostra nas redes sociais relatos de pais de conseguiram levar os filhos para estudar no exterior. O ator negou as acusações, e se defendeu afirmando que ficou surpreso com investigação.

"Eu trabalho há oito anos com bolsas acadêmicas esportivas, com grande visibilidade nas redes sociais, e me comprometo responsavelmente com isso. Fiquei muito assustado com as inverdades e com essa investigação, que desconhecia", disse Jorge que afirmou ainda que existem muitos desafios no acesso a bolsas.

"Foi dito na investigação que os jovens não tiveram acesso às bolsas, o que é uma mentira: eles tiveram acesso! É importante destacar que esses jovens não pagaram o valor integral da instituição. Eles fazem parte de um programa no qual arcaram com valores consideravelmente mais baixos, em média 50% do valor integral. Com isso, cabia ao DCEI o compromisso de apresentar propostas de bolsas, o que foi feito. Cumprimos nosso objetivo e trouxemos propostas para esses jovens em instituições renomadas no exterior", afirmou.

Ainda segundo o ator, sobre o preço fixo das vagas, cada escola decidiria sua forma de atuar no recebimento.

“Na maioria dos casos, agências de intercâmbio recebem o valor e o repassam para a escola. Isso é um procedimento comum. Algumas escolas recebem diretamente dos pais, outras não".