Funcionário da Caixa é suspeito de sacar R$ 300 mil de clientes, em Fortaleza

A operação é resultado de uma investigação que iniciou após a análise de relatos encaminhados pela Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa (Cefra).

Publicado em 29 de agosto de 2024 às 10:38

Mais de 300 saques foram realizados e mais de 200 pessoas tiveram seus dados utilizados.
Mais de 300 saques foram realizados e mais de 200 pessoas tiveram seus dados utilizados. Crédito: Divulgação/PF

Nesta quinta-feira, 29, a Polícia Federal (PF) deflagrou, a Operação Noxious (do latim nocivo) para apurar saques fraudulentos autorizados manualmente no sistema interno da Caixa Econômica Federal, sem a presença física dos clientes, utilizando as credenciais de um funcionário lotado na agência de Itapipoca, no Ceará.

Segundo informações da polícia, são cumpridos três mandados de busca e apreensão em Itapipoca, expedidos pela Justiça Federal. A operação é resultado de uma investigação que iniciou após a análise de relatos encaminhados pela Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa (Cefra). As fraudes ocorreram em abril, maio e junho de 2024, totalizando aproximadamente R$ 300 mil em movimentações ilícitas. Mais de 300 saques foram realizados e mais de 200 pessoas tiveram seus dados utilizados.

Imagens de câmeras de segurança permitiram identificar os principais suspeitos de executar as transações fraudulentas. Como medida cautelar, o funcionário cuja credencial foi utilizada nos saques fraudulentos foi suspenso de suas funções públicas por determinação judicial.

Além do funcionário da agência, a apuração abrange a atuação de um prestador de serviços e outros suspeitos. Eles podem responder por associação criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistema de informações. As penas máximas somadas podem ultrapassar 25 anos de reclusão.