Publicado em 19 de abril de 2025 às 18:51
O WhatsApp, aplicativo de mensagens mais usado do Brasil, se tornou o principal canal para a prática de golpes em 2024. Dados divulgados nesta semana pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelam que mais de 153 mil pessoas foram vítimas de fraudes usando a plataforma, número que coloca o golpe do WhatsApp como o mais comum do país.>
Logo atrás, aparecem o golpe da Falsa Venda, com 150 mil ocorrências, e o da Falsa Central Telefônica ou Falso Funcionário, que afetou 105 mil brasileiros. No total, o levantamento lista os dez tipos de golpes mais praticados no país — a maioria deles envolvendo abordagens digitais e uso indevido de dados pessoais.>
A prática se tornou tão corriqueira que foram até celebridades alvo dos criminosos. A atriz Lília Cabral revelou que um golpista tentou se passar por sua filha para pedir informações pelo WhatsApp. Já Luana Piovani teve sua imagem utilizada em mensagens falsas enviadas a amigos, supostamente convidando para um jantar e solicitando confirmação de um número — técnica usada para sequestrar contas.>
Apesar do avanço dos golpes, a Febraban afirma que os bancos estão reagindo. Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da federação, R$ 5 bilhões foram investidos em 2023 em segurança e prevenção a fraudes. “Temos investido de maneira massiva em campanhas de conscientização, com ações em TV, rádio e redes sociais”, disse.>
Como agem os golpistas>
No golpe do WhatsApp, criminosos tentam clonar a conta da vítima usando o código de verificação enviado por SMS. Disfarçados como empresas conhecidas, pedem que o código seja informado, alegando atualização de cadastro ou problemas técnicos.>
O golpe da Falsa Venda cria páginas falsas de e-commerce e redes sociais para oferecer produtos com preços muito abaixo do mercado. Já o golpe do Falso Funcionário envolve ligações de pessoas que se passam por representantes de bancos, solicitando dados pessoais ou até transferências.>
Outros golpes comuns incluem o Phishing (mensagens e sites falsos que capturam dados), o Falso Investimento, a Troca de Cartão, o Falso Boleto, e fraudes como a Mão Fantasma, a Devolução de Empréstimo e o Falso Motoboy.>
Como se proteger>
A principal orientação dos especialistas é desconfiar de qualquer mensagem ou ligação que solicite dados pessoais, códigos ou transferências de dinheiro. No caso do WhatsApp, ativar a verificação em duas etapas é uma das formas mais eficazes de proteção. Já nas compras online, é fundamental checar a confiabilidade do site e desconfiar de promoções irreais.>
Em caso de dúvidas, o ideal é contatar diretamente os canais oficiais da empresa ou banco, e nunca realizar transações por meio de links ou contatos suspeitos.>
A Febraban também recomenda que os usuários atualizem constantemente seus aplicativos e sistemas de segurança, além de se manterem informados sobre novas estratégias utilizadas por golpistas. A prevenção, como destaca a entidade, ainda é a principal ferramenta de proteção digital.>