Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 15:04
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai abrir uma investigação sobre o caso de um jovem de 20 anos, que acabou sendo preso por atraso no pagamento de pensão alimentícia, mesmo sem ter filhos.>
Gustavo Ferreira da Silva foi detido no Distrito Federal, no dia 28 de janeiro, e passou mais de 24 horas preso por engano. Ele só foi liberado no dia seguinte, após a correção do erro na audiência de custódia.>
O nome do jovem sequer era citado no processo. O caso verdadeiro pelo qual o rapaz foi acusado, foi iniciado em 2017, quando ele tinha apenas 12 anos, e é do estado de São Paulo, mas o mandado de prisão foi expedido pela Justiça de Minas Gerais. O nome de Gustavo nem sequer é citado no processo e o jovem disse que "nunca pisou" nem em São Paulo, nem em Minas Gerais.>
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) decidiu pelo arquivamento do mandado de prisão de Gustavo, e o jovem foi solto. Segundo o juiz, há "grande probabilidade de fraude no mandado de prisão".>
A Defensoria Pública do DF foi informada de que o erro ocorreu em uma Vara de Execuções Penais na cidade de Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, de onde o mandado foi emitido.>
Ao tomar conhecimento do caso, o CNJ reconheceu a "gravidade do ocorrido" e afirmou que vai apurar conduta dos magistrados. A defesa do rapaz vai processar o Estado.>
“É bem chato você não ter culpa de nada e ser levado, seus vizinhos todos vendo... Mas a pior parte mesmo foi o tempo que passa lá dentro que você não tem culpa, né? [...] Foi bem horrível, e é uma coisa que eu não desejaria para ninguém.”, disse Gustavo.>