Lula reúne ministros para discutir deportação de brasileiros dos EUA nesta terça

Entre os assuntos, Brasil deve decidir sobre a participação na reunião da Celac convocada para debater migrações na América Latina

Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 09:51

Brasil e EUA têm um acordo de deportação. 
Brasil e EUA têm um acordo de deportação.  Crédito: Ricardo Sturcket/PR

Nesta terça-feira (28) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros para discutir a deportação de brasileiros dos Estados Unidos. Na sexta (24), 88 cidadãos do Brasil chegaram algemados, mesmo com o país tendo acordo com os Estados Unidos para evitar a prática.

Na reunião desta terça, marcada para 16h, participarão os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; da Defesa, José Mucio; dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo; e da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.

Também estarão presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior; o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno; o assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Celso Amorim; e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Nessa segunda (27), Lula também se reuniu com Mauro Vieira. Na parte da tarde, a equipe diplomática do Brasil decidiu chamar o encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para cobrar explicações sobre o caso.

Brasil e EUA têm um acordo de deportação. Desde 2017, é acertado entre os dois países que algemas só podem ser usadas em casos excepcionais.

No entanto, na sexta os brasileiros deportados chegaram com as mãos e os pés algemados. O Itamaraty chamou de “tratamento degradante” a situação à qual os brasileiros foram submetidos.

“O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, disse o Itamaraty.

Com informações do R7