Publicado em 4 de abril de 2025 às 15:20
Um acordo para aquisição de embarcações HMS Albion e o HMS Bulwark, conhecidas como navios de guerra, foi realizado entre a Marinha do Brasil e o Reino Unido. Na terça-feira (03), representantes das forças armadas se reuniram para fazer a assinatura do documento. O protocolo de intenções foi firmado na edição deste ano da LAAD Defense & Security. >
Por meio de nota, a Marinha do Brasil destacou que os navios podem ser usados em operações de caráter humanitário e de respostas a emergências e calamidades públicas. A Força citou como exemplo as chuvas ocorridas em São Sebastião (SP) em 2023 e as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado.
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A compra dos navios já havia sido confirmada anteriormente pela Marinha do Brasileira. Em fevereiro, o caso repercutiu na imprensa inglesa e virou alvo de controvérsia no parlamento britânico.>
As embarcações militares estariam sendo vendidas pelo equivalente a R$ 145 milhões, uma fração do valor gasto pelo Ministério da Defesa do Reino Unido com os Albion e o Bulwark nos últimos 14 anos.
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"Há alguns anos, o Comitê de Defesa da Câmara dos Comuns descreveu a ideia de eliminar estes dois navios anfíbios importantes como analfabetismo militar", disse o parlamentar Mark Francois, do Partido Conservador, ao jornal The Daily Mail na ocasião. Francois ocupa a função de Ministro da Defesa das Sombras, cargo sem poderes executivos, mas que tem como dever fiscalizar as ações do titular da pasta.>
"Dado o quanto o Ministério da Defesa gastou para reequipá-los nos últimos anos, vendê-los repentinamente a um preço de banana também é 'analfabetismo financeiro''", completou Francois ao jornal britânico.>
Os navios teriam sido ofertados ao Brasil pelo valor de 20 milhões de libras, o equivalente a R$ 145 milhões. Em novembro de 2024, a atual ministra da Indústria de Defesa, Maria Eagle, afirmou que, desde 2010, o Albion e o Bulwark custaram £132,7 milhões (R$ 966 milhões) em reformas.>
Com a mudança de governo nos meses seguintes, os planos dos britânicos mudaram. Em 20 de novembro, o Secretário de Defesa John Healey, do Partido Trabalhista, anunciou que o Albion e o Bulwark seriam desativados. Os dois navios já se encontravam na prática fora de operação e custavam aos cofres públicos R$ 65 milhões ao ano:>