Médico é suspeito de matar esposa com remédios controlados em sorvete, no Rio Grande do Sul

O laudo do Instituto Geral de Perícias mostrou que o corpo de Patrícia continha traços de medicamentos controlados no sangue.

Publicado em 30 de outubro de 2024 às 10:55

Na última terça-feira, 29, a Polícia Civil prendeu, preventivamente, o médico André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, em Canoas, no Rio Grande do Sul.
Na última terça-feira, 29, a Polícia Civil prendeu, preventivamente, o médico André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, em Canoas, no Rio Grande do Sul. Crédito: Reprodução

Na última terça-feira, 29, a Polícia Civil prendeu, preventivamente, o médico André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. André é suspeito de envenenar a esposa, com medicação controlada. O crime teria ocorrido em 22 de outubro.

Segundo a acusação, o médico teria telefonado para familiares da esposa, que era enfermeira, identificada como Patrícia Rosa dos Santos, de 41 anos, informando que a mulher estava morta. Mais tarde, ele apresentou o atestado póstumo emitido por outro médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que apontava para morte decorrente de um infarto agudo do miocárdio. André Lorscheitter, segundo informações da Polícia Civil, é um médico emergencista, que trabalha no Samu.

A família, desconfiada, solicitou a autópsia, que apontou a possibilidade de envenenamento. O laudo do Instituto Geral de Perícias mostrou que o corpo de Patrícia continha traços de medicamentos controlados no sangue. A família de Patrícia acusa o médico de ter colocado o remédio controlado Zolpidem no sorvete da esposa.

“A investigação, coordenada pelo delegado Arthur Hermes Reguse, concluiu que o suspeito cometeu o crime contra sua esposa. Na ocasião, restou concluído que o marido administrou a medicação Zolpidem em um sorvete consumido pela vítima, induzindo-a ao sono e, posteriormente, fez punções venosas, administrando medicamentos de uso restrito hospitalar que levaram ao óbito da vítima, desacordada, no interior da residência comum”, afirmou, em nota, a Polícia Civil.

Quando a mulher estava desacordada, o companheiro teria administrado Midazolam por via intravenosa, em um dos pés da vítima. Midazolam é uma droga indutora de sono, utilizada como sedativo para pré-medicação, indução e manutenção de anestesia. A polícia diz que foi esta aplicação que matou Patrícia e que o local escolhido tinha a intenção de esconder as marcas visíveis da injeção.

Os agentes informaram que as perícias técnicas realizadas pelo IGP, foram efetuadas e apontaram a presença de sangue da vítima, em um acesso venoso e uma gaze apreendida no local, bem como comprovaram a presença no sangue das medicações administradas pelo médico para matar a mulher”.