Mpox: transmissão, sintomas e tratamento

A Mpox é uma doença causada por vírus que pertence à família dos Ortopoxvirus, do mesmo grupo da varíola. No passado era conhecida como "varíola dos macacos", pois o vírus foi isolado pela primeira vez em 1958 em macacos de um laboratório na Dinamarca provenientes do continente africano, onde é endêmica em alguns países.

A principal forma de transmissão é através do contato direto com uma pessoa infectada através das lesões da pele, também pelo contato com objetos contaminados, roupas, lençóis e objetos compartilhados, pelas vias aéreas, ou seja, pelo contato próximo, como beijo, toque em lesões na pele ou permanecer no mesmo ambiente de uma pessoa doente sem as medidas de prevenção.

Sintomas

A doença pode afetar qualquer pessoa. Crianças, gestantes e pessoas com baixa imunidade (deficiências imunológicas) podem apresentar sintomas mais graves. O período de incubação, fase em que o indivíduo não apresenta sintomas, ocorre entre seis e 13 dias, e pode chegar a 21 dias. Os sinais e sintomas são parecidos com o da gripe, duram de duas a quatro semanas, e geralmente incluem:

• febre
• dor de cabeça
• dor muscular
• cansaço
• ínguas (inchaço dos linfonodos)
• lesões dolorosas na pele que aparecem inicialmente como manchas vermelhas que evoluem como pequenas bolhas (vesículas) e crostas.

As lesões de pele podem aparecer antes dos outros sinais e sintomas. É importante reforçar que a transmissão ocorre a partir do início dos sintomas, até que todas as crostas tenham se formado, caído e uma nova camada de pele tenha se formado.

Diagnóstico

O diagnóstico de mpox é feito principalmente por meio de exames laboratoriais e o teste PCR (reação em cadeia da polimerase) é o mais utilizado. Ele é realizado com amostras coletadas das lesões da pele, como o líquido das bolhas ou com as crostas secas.

Existem semelhanças entre a mpox, a varíola, a catapora e a herpes, o que pode dificultar o diagnóstico. Por isso, é importante contar com o diagnóstico de um(a) médico(a) infectologista que poderá identificar corretamente a doença e indicar o tratamento adequado.

Em casos suspeitos, é essencial evitar contato próximo com outras pessoas até que os sintomas desapareçam. Recomenda-se o isolamento imediato e não compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas e roupas de cama.

Tratamento

Na maior parte dos casos, a infecção não requer internação e o tratamento é focado em aliviar os sintomas e prevenir que a condição piore. Entre as principais medidas para o tratamento encontram-se:

• uso de analgésicos para dor
• hidratação adequada, em média dois litros de água por dia
• cuidados com as feridas para evitar outras infecções. A aplicação de pomadas antissépticas ou antibióticas devem ser realizadas apenas com orientação médica quando existir a presença de infecções bacterianas secundárias

Até o momento, não se dispõe de medicamentos aprovados especificamente para mpox. É importante lembrar que qualquer medicação deve ser usada com orientação médica.


Com informações do portal Hospital Albert Einstein