Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 10:50
Com crescimento das fraudes digitais e deepfakes, após o avanço do uso da IA (Inteligência Artificial), um processo mais eficaz para evitar fraudes na internet tornou-se necessário. Isso porque, a ferramenta é uma das mais usadas e consegue produzir conteúdos falsos, manipulando imagens e sons. com a disseminação de robôs mal-intencionados on-line. Dados mostram que as deepfakes cresceram 828% em 1 ano no Brasil, conforme levantamento da plataforma de verificação Sumsub.>
Essa invasão de bots tem impacto direto na preocupação das pessoas com as interações on-line. Uma pesquisa realizada pela Tools for Humanity com a Ipsos no Brasil, em outubro e novembro de 2024, mostrou que 7 a cada 10 entrevistados estão de algum modo preocupados se o conteúdo visualizado é produzido por um humano ou por um bot.
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“As pessoas são cada vez mais vulneráveis a golpes na internet e a fraudes bancárias. As redes sociais são invadidas diariamente por contas falsas, com mensagens abusivas, e pelo bombardeio de desinformação que cria um problema de saúde mental e de confiança não só no Brasil, mas como em todo mundo”, afirmou Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity no Brasil, empresa que apoia a rede World.
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COMO FUNCIONA A PROVA DE HUMANIDADE
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O processo da rede World para comprovar que uma pessoa é um ser humano único é realizado por meio de um dispositivo de última geração chamado orb –semelhante a uma câmera fotográfica de altíssima resolução. A orb utiliza diferentes redes neurais para processar a foto do olho, criando uma representação numérica, chamada de código de íris. Este é anonimizado para que não possa ser atribuído ao indivíduo posteriormente, evitando que seja identificado. As imagens originais são encriptadas de ponta a ponta, enviadas para o celular da pessoa, por meio do World App (disponível para Android e iOS).
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Assim, cada um tem a custódia pessoal dos seus dados, explica o gerente de operações da Tools for Humanity no Brasil. “A imagem da íris é encriptada e enviada para o aplicativo. Se a pessoa quiser apagar, ela pode”, disse Tozzi.
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O dado anonimizado, portanto, não fica vinculado à imagem nem aos dados pessoais do indivíduo, funcionando como uma comprovação de humanidade sem comprometer o anonimato. A íris foi eleita por ser algo único, cada ser humano nasce com a sua, que não é igual à de nenhum outro. É diferente mesmo em 2 gêmeos idênticos. “A íris é a maneira mais segura e confiável de verificar que as pessoas são seres humanos únicos sem ter que pedir informações pessoais como nome, idade, endereço ou documento. A íris tem 250 pontos de entropia, ou seja, pontos únicos que identificam a pessoa, enquanto a digital.
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Ele ressalta que o código de íris é completamente anonimizado por meio de uma tecnologia chamada AMPC (Computação Multipartidária Anonimizada, na sigla em inglês) que cria novos códigos secretos que são armazenados em servidores descentralizados por universidades e parceiros, que incluem a Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA); a Universidade Friedrich-Alexander, em Erlangen (Alemanha); a Universidade de Zurique, em Zurique (Suíça); e a empresa de pesquisa de blockchain e engenharia de software Nethermind.>