Publicado em 8 de novembro de 2024 às 20:41
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, ex-diretor da Porte Engenharia e Urbanismo, foi morto nesta sexta-feira, 8, em um atentado a tiros no Aeroporto de Guarulhos. Ele estava no epicentro de uma das maiores investigações sobre lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em São Paulo.
O caso envolve os interesses da facção criminosa paulista na região do Tatuapé, no bairro da zona leste da cidade. Acusado pelo PCC de ter causado um rombo de R$ 100 milhões em bitcoins nas finanças do grupo, Gritzbach decidiu revelar sua versão sobre as operações do crime organizado no futebol ao firmar um acordo de delação premiada.
Gritzbach formalizou um acordo de delação premiada, que foi homologado pela Justiça em abril. As negociações com o Ministério Público Estadual se arrastaram por dois anos, e ele já havia prestado seis depoimentos.
Na delação, revelou detalhes sobre a ligação do PCC com o futebol e o setor imobiliário, além de fornecer informações sobre os assassinatos de líderes da facção, como Cara Preta e Django. De acordo com apuração do Estadão, ele também mencionou casos de corrupção policial e a suspeita de pagamento de propina nas investigações sobre a morte de 'Cara Preta'.
Em comunicado, a Secretaria da Segurança Pública declarou que equipes do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia de Atendimento ao Turista (DEATUR) estão no aeroporto de Guarulhos, trabalhando para apurar as circunstâncias do crime.
Fonte: Estadão