Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 17:55
Um vazamento na usina nuclear Angra 2, foi registrado em 25 de dezembro e estava sendo mantido em sigilo pela administração do local. Os gestores estariam adiando o reparo para daqui a 12 meses.>
A confirmação foi feita nesta sexta-feira (21) pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) que monitora a situação. Segundo a nota, ainda não existe risco iminente de liberação de radioatividade para o meio ambiente, mas manual da usina prevê que ‘reparo seja feito o mais rápido possível'.>
Angra 2 faz parte do Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, complexo formado ainda pelas usinas Angra 1 e Angra 3 (em construção), em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, às margens da BR-101.>
O vazamento de líquido aconteceu em um primeiro selo do núcleo. No total, dois selos e um dreno protegem a vedação do equipamento, impedindo que radioatividade se espalhe dentro da contenção de concreto e que um acidente nuclear mais grave, conhecido como LOCA (Loss of Coolant Accident, ou perda de líquido de arrefecimento, em português) aconteça.>
O vazamento do primeiro selo é previsto no manual como um acidente “relevante”, mas de reparo simples, porém caro, pois a usina precisaria ser desligada para a troca do selo. A usaria estaria funcionado em modo “estepe”.>
A nova gestão da Eletronuclear, no entanto, tem feito cortes financeiros para, segundo a empresa, conseguir concluir as obras de Angra 3. Uma série de medidas de austeridade e uma reestruturação organizacional, com o objetivo de economizar R$ 3 milhões por ano, foi divulgada pela empresa no início do mês.>
Por causa da contenção de gastos, o reparo do vazamento só deve ocorrer daqui a um ano.>