7 erros para evitar na decoração de espaços pequenos

Planejamento e escolhas estratégicas otimizam o ambiente sem perder o conforto e funcionalidade

Publicado em 8 de abril de 2025 às 19:14

Espaços pequenos exigem planejamento para um aproveitamento eficiente (Projeto: Atelier Paulo Tripoloni | Imagem: Adriano Escanhuela)
Espaços pequenos exigem planejamento para um aproveitamento eficiente Crédito: Projeto: Atelier Paulo Tripoloni | Imagem: Adriano Escanhuela

O cuidado com a decoração em ambientes pequenos é fundamental para assegurar praticidade, aconchego e qualidade de vida aos moradores. Lugares com metragem limitada demandam alternativas inovadoras e funcionais que utilizem o espaço de forma eficiente, resultando em um lar mais harmonioso e convidativo. 

“Cada detalhe conta quando estamos lidando com espaços reduzidos e uma simples escolha errada torna a área ainda menor. Mas isso não significa que vivemos em meio ao incômodo, já que o planejamento do layout transforma esse cenário. Morar em lugares mais amplos é ótimo, mas não é a única solução”, diz o arquiteto Paulo Tripoloni, à frente do Atelier Paulo Tripoloni.

Confira, abaixo, 7 erros para evitar na decoração de espaços pequenos!

1. Problemas com a mobília

É muito fácil sobrecarregar os ambientes com móveis pouco práticos e selecionados somente pela estética ou grandiosidade. A questão está em definir prioridades. “É preciso escolher bem o que realmente faz sentido no nosso dia a dia. Esse pensamento já nos corta os excessos”, comenta Paulo Tripoloni.

Para o profissional, investir na marcenaria sob medida é a solução para quem precisa extrair o aproveitamento máximo do espaço, pois ela é projetada especificamente para atender às demandas em questão. Além disso, móveis multifuncionais, como sofás-camas e mesas retráteis, ajudam a maximizar a utilidade do espaço sem comprometer o conforto. “É fundamental sempre considerar o propósito daquilo que é definido”, ressalta.

Interligar cômodos ajuda a deixar os ambientes mais amplos (Projeto: Atelier Paulo Tripoloni | Imagem: Adriano Escanhuela)
Interligar cômodos ajuda a deixar os ambientes mais amplos Crédito: Projeto: Atelier Paulo Tripoloni | Imagem: Adriano Escanhuela

2. Compartimentação entre os cômodos

Apesar da integração de ambientes ser uma forte tendência da arquitetura atual, muitos apartamentos e casas antigas ainda apresentam divisões excessivas que comprometem a fluidez e a percepção de amplitude. “Interligar cozinha e sala de estar é uma boa resolução”, sugere Paulo Tripoloni. Outra possibilidade está em conectar as salas de estar, jantar e varanda.

3. Desconsiderar o uso de espelhos

Outro erro frequente relatado pelo profissional está na aplicação incorreta dos espelhos. Quando bem-posicionados, refletem a luz e entregam a ilusão de profundidade — que por sua vez também fortalecem a ideia de um ambiente maior, leve e mais arejado. Mas para que o tiro não saia pela culatra, o arquiteto indica a instalação em paredes estratégicas, como em frente às janelas ou na lateral de corredores e halls de entrada. “O exagero também deve ser ponderado”, sugere.

4. Cores inadequadas

As cores influenciam diretamente nos ambientes e, para os compactos, o arquiteto alerta que os tons escuros e contrastes intensos podem ‘fechar’ um ambiente, tornando-o visualmente menor, enquanto as paletas neutras, claras e com acabamentos uniformes entregam o efeito oposto.

Para evitar um efeito monótono, ele gosta de explorar texturas e pequenos pontos de cor em detalhes da decoração. “Uma base branca, combinada com elementos pontuais de cor, traz equilíbrio que precisamos para nos sentirmos bem”, aconselha.

Nichos e prateleiras ajudam a personalizar o espaço (Projeto: Atelier Paulo Tripoloni | Imagem: Adriano Escanhuela)
Nichos e prateleiras ajudam a personalizar o espaço Crédito: Projeto: Atelier Paulo Tripoloni | Imagem: Adriano Escanhuela

5. Excesso de elementos decorativos

Embora na arquitetura de interiores seja essencial para conceder personalidade ao espaço, o excesso de elementos polui visualmente o ambiente e causa a sensação de aperto. Apostar em um design minimalista, com poucos itens de destaque, é uma escolha inteligente.

“Uma obra de arte bem escolhida, os livros favoritos, colecionáveis ou itens de viagem têm grande impacto, mas é preciso que exista uma conexão entre eles”, sugere Paulo Tripoloni. Para tanto, é importante destacar o uso do aproveitamento vertical das paredes por meio de nichos e prateleiras — recursos valiosos para manter a ordem.

6. Falta de atenção à ergonomia

Além de comprometer o bem-estar, a ergonomia inadequada prejudica a saúde dos moradores. De acordo com Paulo Tripoloni, alguns pontos de atenção incluem:

  • Altura correta de cadeiras, mesas e bancadas;
  • Espaço mínimo para circulação entre móveis;
  • Distância ideal de 30 cm entre o assento da banqueta e a parte inferior da bancada.

7. Falta de aproveitamento da iluminação natural

Condição indispensável para a vida humana, a presença da luz natural costuma ser prejudicada devido à instalação de cortinas pesadas, móveis posicionados em frente às janelas ou pela falta de aberturas adequadas. Soluções como claraboias, elementos de vidro e esquadrias amplas potencializam a iluminação zenital e melhoram a comodidade visual do ambiente.

Por Emilie Guimarães