Aplicativo ultrapassa a marca de um livro consumido por dia

O aplicativo funciona como um grande salão de compartilhamento de livros físicos através das pessoas que os detém

Publicado em 13 de agosto de 2024 às 08:39

CEO do LeR, Aldo Alves - 
CEO do LeR, Aldo Alves -  Crédito: Divulgação

O aplicativo LeR, startup 100% paraense com a chancela de Govtech do programa do governo do estado Startup Pará, já ultrapassa a marca de um livro consumido por dia. O aplicativo funciona como um grande salão de compartilhamento de livros físicos através das pessoas que os detém, como uma espécie de app de relacionamentos para amantes da leitura, como também detém mais de 100 mil títulos digitais livres de direitos autorais.

A marca é ultrapassada após um ano e meio desde seu lançamento e quase um ano após lançar uma plataforma exclusiva de gestão escolar, já contando com escolas públicas tanto da esfera municipal quanto estadual. Entrevistamos o CEO do LeR, Aldo Alves, sobre essa conquista.

GR: O que significa ultrapassar essa marca de um livro consumido por dia?
Aldo: Primeiramente vou explicar de forma técnica. Não quer dizer necessariamente que 1 livro está sendo lido por dia, mas que uma transação com livro está sendo feita. Por exemplo, quando um usuário empresta um livro para outro, consideramos uma transação, ou quando ele baixa um livro digital também. Se uma turma de 40 alunos baixa 1 livro digital ou pegam 40 cópias de um livro existente na biblioteca da escola, são 40 transações. Portanto, significa que a cada dia, pelo menos 1 transação é feita, seja uma doação ou empréstimo de livro físico ou um download de livro digital. Mais do que falar tecnicamente, significa que as pessoas na plataforma estão lendo mais, e principalmente se conectando mais, dessa forma atingindo o grande propósito do nosso projeto.

GR: E como está o público do aplicativo?
Aldo: Ultrapassamos os 10 mil usuários, sendo que 80% se concentram no Estado do Pará, e 20% Brasil afora. Temos cerca de 2 mil usuários como alunos de escolas públicas e os demais como usuários individuais.

GR: Como o aplicativo ajuda a preservar o meio ambiente?
Aldo: A cada documento ou livro digital baixado pelos usuários, o aplicativo conta o número de páginas do documento e simula a economia feita, caso fosse consumido um livro físico. Toda escola tem o que chamamos de Painel ODS (de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Um dos nossos cases está na escola Municipal Olga Benário, que começou conosco desde o semestre passado. Até o momento eles já baixaram mais de 23 mil páginas digitais ao invés de físicas, economizando mais de 9 mil litros de água, 700 KW/h e ainda deixaram de gastar cerca de R$ 5mil em papel, tinta de impressão e logística.

GR: E quais os planos para 2025?
Aldo: Temos planos ambiciosos. Há em curso dois grandes projetos que devem multiplicar por 10 a nossa base no próximo ano e levar a plataforma para muito mais escolas e prefeituras numa iniciativa inédita de fomento à leitura. Também vamos tornar a plataforma cada vez mais acessível e inclusiva e com novos recursos de inteligência artificial que vai permitir que um livro seja consumido de várias formas diferentes ao mesmo tempo. Finalmente até o início de 2025 devemos lançar um produto novo voltado principalmente para os professores, mas ainda em desenvolvimento. Abrimos algumas frentes de trabalho consistentes para um plano de negócios de 5 anos e não vamos parar tão cedo.

Todos podem baixar o aplicativo nas suas App Stores digitando “ler livros e rostos” ou diretamente no ler.app.br.