Publicado em 26 de junho de 2024 às 10:03
A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, presa por tráfico de drogas no aeroporto de Bali, na Indonésia, foi interrogada nesta terça-feira, 9. E de acordo com o advogado de defesa da jovem, Davi Lira, o interrogatório ocorreu dentro do que se era esperado e, eles estão confiante quanto ao resultado da audiência e possível sentença, que deve ocorrer no próximo dia 16 de maio.>
Segundo o advogado, Manuela respondeu a tudo o que lhe foi perguntado.'Manuela respondeu os fatos como aconteceram, a defesa segue confiante, apesar de não sabermos qual será o teor da sentença vindoura. Apesar do juiz ter asseverado que só o fato de tu portar droga, independente se tu conhecia ou não o teor inteiro do que tu portava já é considerado um crime grave na Indonésia, o interrogatório aconteceu dentro da normalidade do esperado', reforça.>
Manuela era moradora do bairro do Guamá, em Belém. No dia 27 de janeiro ela foi presa em flagrante com quase 3kg de cocaína, após desembarcar em Bali.>
A defesa de Manuela já havia dito que a jovem teria sido enganada por uma organização criminosa, que teria lhe prometido férias na Indonésia e aulas de surfe de graça. Conforme ele afirmou, Manuela é o que chamam de 'mula', ou seja, a pessoa que transporta droga sem saber. Além disso, a defesa reforça que a paraense foi coagida a transportar o produto para o país.>
'A Manuela não é narcotraficante, ela não ostenta padrão de vida elevado, é mais uma vítima de organização criminosa', reforça o advogado.>
Davi também já teria afirmado anteriormente que Manuela foi aliciada por uma organização criminosa de Santa Catarina. 'De início, foi convidada a levar algo para a Indonésia. Perguntaram se ela tinha passaporte e perguntaram 'não quer levar um negócio pra mim?' Prometeram um mês de férias na Indonésia, não falaram o conteúdo que ela ia levar', disse.>
O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local', destacou o órgão, através de nota oficial.>