Belém celebra o Dia Internacional das Florestas com plantio de mudas no Parque da Cidade

O Parque da Cidade ocupa uma espaço de 552 mil metros quadrados, o equivalente a 50 campos de futebol, e prevê o plantio de 2.500 árvores até o final de 2025.

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Agência Pará

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Publicado em 18 de março de 2025 às 22:17

 Parque da Cidade, que está sendo construído na área do antigo aeroclube Brigadeiro Protásio, ocupa uma espaço de 552 mil metros quadrados, o equivalente a 50 campos de futebol, e prevê o plantio de 2.500 árvores até o final de 2025.
 Parque da Cidade, que está sendo construído na área do antigo aeroclube Brigadeiro Protásio, ocupa uma espaço de 552 mil metros quadrados, o equivalente a 50 campos de futebol, e prevê o plantio de 2.500 árvores até o final de 2025. Crédito: Vinícius Leal/Ascom Ideflor-Bio

Em alusão ao Dia Internacional das Florestas, celebrado no próximo dia 21 de março, foi realizado o plantio de mudas no Parque da Cidade, nesta terça-feira (18), uma das obras prioritárias para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que ocorrerá em Belém, em novembro deste ano.

A programação foi organizada pela coordenação do Simpósio de Carbono da Amazônia (Simcarbo), sob liderança da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), em parceria com a Universidade Federal do Pará (Ufpa) e apoio de diversas instituições, entre elas o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o Ministério Público de Contas (MPC), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA).

As mudas plantadas na ação foram doadas pelo Ideflor-Bio e pela Embrapa Amazônia Oriental, fortalecendo o compromisso das instituições envolvidas na recuperação da cobertura vegetal e no enfrentamento às mudanças climáticas. O Parque da Cidade, que está sendo construído na área do antigo aeroclube Brigadeiro Protásio, ocupa uma espaço de 552 mil metros quadrados, o equivalente a 50 campos de futebol, e prevê o plantio de 2.500 árvores até o final de 2025.

Representatividade - O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou a importância simbólica e ecológica do mogno no local, sendo a espécie de árvore que ele plantou no novo Parque. “Este é um mogno. O mogno que vai marcar a nossa presença, mais uma vez, aqui no Parque da Cidade. O mogno tem um significado enorme para a nossa floresta. É uma árvore que foi considerada extinta. Nós estamos trabalhando para que ela cresça novamente, para que ela se torne novamente um dos orgulhos da nossa região, do nosso país”, ressaltou.

A ação reuniu representantes acadêmicos, ambientais e da sociedade civil, que participaram ativamente do plantio de espécies nativas da Amazônia. Entre as árvores plantadas estão pau-mulato, ipês de diversas cores, aceroleira, goiabeira, cajuí, urucum, jatobá, sibipiruna, mogno e cacau, todas fundamentais para a biodiversidade e o equilíbrio ecológico da região.

Relevância - De acordo com a diretora do Instituto de Ciências Agrárias da UFRA, Gracialda Ferreira, o plantio dessas espécies dentro do Parque da Cidade representa um importante avanço na luta contra as mudanças climáticas. “Nosso grupo, composto por diversas instituições do Estado do Pará, está reunido para plantar pelo menos 20 espécies da flora amazônica, entre elas cacau, jatobá, diversas espécies de peça, uma-uma e andirobas. Viemos aqui para contribuir com o enfrentamento às mudanças climáticas a partir do plantio de árvores”, explicou.

A professora destacou ainda o papel essencial das árvores na captura de carbono da atmosfera e na manutenção da qualidade de vida. “As árvores são os principais elementos que captam da atmosfera o gás carbônico, transformam isso em oxigênio e acumulam o carbono no seu corpo. Elas são essenciais para a manutenção da vida e da qualidade ambiental. Plantá-las é uma ação de enfrentamento às mudanças climáticas. Então, esse ato aqui hoje foi extremamente importante nesse processo”, acrescentou.

Atrativos - Além do reflorestamento, o projeto do Parque da Cidade inclui a criação de um lago, ciclovias, trilhas, alamedas e áreas de lazer, proporcionando um espaço de convivência sustentável e alinhado com as metas ambientais da cidade. Até o momento, 1.500 árvores já foram plantadas, contribuindo para a transformação do antigo aeroporto em um novo polo verde urbano.

A iniciativa reforça o compromisso de Belém com a sustentabilidade e a preservação ambiental, preparando a cidade para sediar a COP30 com ações concretas de combate às mudanças climáticas. O plantio das mudas no Parque da Cidade simboliza um passo importante para tornar Belém uma referência na recuperação ambiental e na promoção de um futuro mais verde e equilibrado.